Social networks and teen pregnancy: the experience of young women and adolescents from differents social classes in Belo Horizonte

Autor: Andrada, Letícia Vulcano
Přispěvatelé: Chacham, Alessandra Sampaio,1967-Orientador, Pontificia Universidade Católica de Minas Gerais.Programa de Pós-Graduação em Ciências SociaisInstituição
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2012
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_MINAS
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS)
instacron:PUC_MINS
Popis: Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. Resumo: A presente dissertação busca investigar como as redes sociais de indivíduos do sexo feminino que experimentaram a gravidez na adolescência reforçam determinadas práticas e discursos em relação a esse fenômeno, apresentando uma análise comparativa entre jovens de diferentes classes sociais. A fim de atingir nosso objetivo, mapeamos duas redes sociais distintas de jovens entre 15 e 24 anos, sendo uma rede com jovens de classe baixa e uma com jovens de classe média, ambas construídas a partir de uma jovem que ficou grávida na adolescência. Partiu-se da hipótese de que a rede social das jovens de classe baixa apresentaria uma aceitação maior com relação ao fenômeno da gravidez na adolescência na medida em que essa atuaria no sentido de fortalecer laços sociais entre amigas, parentas e vizinhas. Essa hipótese foi elaborada a partir da nossa experiência com pesquisas anteriores na área e também da análise de uma bibliografia mais recente sobre o tema que tenta evitar uma visão limitada da gravidez na adolescência como problema de saúde pública, compreendendo-a como resultade de um contexto social no qual a gravidez na adolescência muitas vezes é parte de um projeto de vida e fonte de reconhecimento e status social. A metodologia adotada utilizou de técnicas quantitativas e qualitativas. Na etapa quantitativa, foi feita uma análise de dados secundários provenientes do survey realizado por Chacham et al (2009), entre jovens mulheres e adolescente entre 15 e 24 anos moradoras da região centro-sul de Belo Horizonte. Esses dados possibilitaram traçar o perfil socioeconômico e reprodutivo das entrevistadas e forneceram elementos para a elaboração do roteiro das entrevistas na fase qualitativa. Para o mapeamento das duas redes sociais, foram realizadas 26 entrevistas em profundidade, sendo 13 entrevistas com moradoras de bairros de classe média e 13 de moradoras de favelas na região centro-sul de Belo Horizonte. Entre as jovens entrevistadas, a primeira em cada rede deveria necessariamente ter ficado grávida na adolescência. Após a entrevista com essa jovem, pedimos que indicasse três amigas para serem entrevistadas, mas elas não precisavam já terem ficado grávidas. Essas jovens, após serem entrevistadas também foram solicitadas a indicar mais três amigas cada, e o processo foi repetido até obtermos duas redes compostas por treze jovens cada. A partir das redes formadas foi possível observar que as redes socias das jovens da favela eram muito mais fechadas do que as da classe média, no sentido de que muitas das jovens que compunham a rede eram parentas e todas elas viviam praticamente na mesma rua. Já as jovens de classe média se conheciam principalmente da escola, por meio de outros amigos ou do trabalho. Os resultados dessas entrevistas nos permitiram aceitar a nossa hipótese de que na rede social das jovens moradoras da favela, encontraríamos mais apoio para uma gravidez na adolescência e uma visão mais positiva dessa experiência do que entre a rede social das jovens de classe média. Abstract: This work seek to investigate how the social networks of young women who have experienced a teenage pregnancy reinforce certain practices and discourses in relation to this phenomenon, by presenting a comparative analyses between the social networks of young females from different social class. In order to achieve our goal, we mapped two social networks constituted by females between 15 to 24 years old, both having as the starting point a young women who got pregnant as an adolescent, one from middle class and another from lower class background. Our hypothesis was that the social network of young women from lower class would be more accepting and even encourage a teenage pregnancy, in the sense it would strength social ties and obligations among friends, neighbors and relatives. This hypothesis was based in our experience studying this phenomenon in previous researches and it is supported also by a review of a more recent bibliography on this matter that understands teenage pregnancy not as social problem but as the result of a social context whereas it is seen many times as a valid life choice and a source of social acknowledgment and even a way to obtain social status. In our methodology we used both qualitative and quantitative methods. In the quantitative phase, we perform a statistical analysis of data from a survey done by Chacham et al in 2009 with adolescents and young women between 15 to 24 years old from the south-central region of Belo Horizonte city. Those data allowed us to trace the social economic profile and the reproductive trajectory of young women in same age group and social class of our subjects in the qualitative phase. This analysis also helped us in the elaboration of the script used to do the in-depth interviews we did to map the social networks we built for our analysis. Twenty-six in-depth interviews were done, thirteen with young women from lower class living in favelas, and thirteen with young women from middle class neighborhoods, all of them living in south-central region of Belo Horizonte. The first young women interviewed to form each network had to have experienced a pregnancy during her adolescence and then, after the interview to indicate more three friends to be interviewed. Those friends did not need to have gotten pregnant themselves but they also had to indicate more three friends after being interviewed and so on, until we had a network with thirteen young women each. We could observe that the social network of lower class women was much more closed in the sense that many of them were relatives and they all lived practically in the same street while the social network of middle class women was much more open and based and school friendship or work. Finally, our results allowed accepting our hypothesis that in the social network of young women living in the favelas, we would find more acceptance and support for a teenage pregnancy than among the middle class. O CD-ROM que acompanha a obra encontra-se no Setor de Coleções Especiais da Biblioteca
Databáze: OpenAIRE