O olhar que faz rasura na pintura de Modigliani
Autor: | de Freitas, Ariane Santellano, de Sousa, Edson Luiz André |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2018 |
Předmět: | |
Zdroj: | Artefilosofia; v. 12 n. 23 (2017): Dossiê Arte e Psicanálise; 24-36 Artefilosofia; Vol. 12 No. 23 (2017): Dossiê Arte e Psicanálise; 24-36 Artefilosofia Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) instacron:UFOP |
ISSN: | 2526-7892 1809-8274 |
Popis: | This paper approaches the matter of look in the fields of psychoanalysis and art, starting from the effects produced by the work of the Italian painter Amedeo Modigliani. Seeking meaning for the socket ́s representation in the eye, present in the artist's paintings, it makes reflections about the image in the question to its relation with the subject. Through the interdiction of image, this work underlines the importance of these creations that imply another way of accessing the imagination, highlighting its function of cut, a function of ripeness that makes the experience of the reverse emerge. By undressing the image of the veil that covers it, the distressing anguish that breaks out in this act of imagery contemplation, it brings the dimension of horror proposed by Freud (1919), revealing the nakedness of the look. Something of death shears the image, in the direction of what Barthes (1980) develops by situating the notion of punctum in photographs. Lastly, the reflection over the mortuary mask of Modigliani points to the possibility of insertion of the image into death, in reverse of what the artist paints in his images in which something of death emerges, marking them, thereby bringing about the limits of the image on its threshold with the real. Esse artigo versa sobre a questão do olhar nos terrenos da psicanálise e da arte, partindo dos efeitos produzidos no encontro com obra do pintor italiano Amedeo Modigliani. Ao buscar sentido para a representação no buraco dos olhos, presente nas pinturas do artista, tece reflexões acerca da imagem, no tocante à sua relação com o sujeito. Através da uma interdição na imagem, sublinha-se a importância dessas criações que implicam outro modo de acesso à imaginação, destacando a sua função de corte, função de rasgadura que faz emergir a experiência do avesso. Ao despir a imagem do véu que lhe recobre, a angústia inquietante que irrompe nesse ato de contemplação com a imagem traz a dimensão do horror proposta por Freud (1919), desvelando a nudez do olhar. Algo da morte faz rasura na imagem, na direção do que Barthes (1980) desenvolve ao situar a noção de punctum nas fotografias. Por fim, a reflexão sobre a máscara mortuária de Modigliani aponta a possibilidade de inserção da imagem na morte, reverso daquilo que o artista pinta nas suas imagens, em que algo da morte emerge lhes fazendo marca, recolocando, com isso, a questão dos limites da imagem no seu limiar com o real. |
Databáze: | OpenAIRE |
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