Efeito de orientações de comportamentos maternos de sincronia e terapia manual no número de regurgitações em lactentes saudáveis e na ansiedade materna

Autor: NORONHA, Jéssica Brito
Přispěvatelé: ANTUNES, Margarida Maria de Castro, SILVA, Giselia Alves Pontes da
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFPE
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
Popis: CAPES A ocorrência de regurgitação infantil (RI) pode ser explicada por fatores biológicos, relacionados ao lactente, como a desregulação do sistema digestório; e por fatores biopsicossociais associados à relação família-bebê. O modelo biomédico de tratamento da RI não traz a resolutividade esperada para os bebês e as famílias. A abordagem não medicamentosa através da terapia manual (TM) e seu possível efeito sobre o sistema nervoso autônomo (SNA), assim como estratégias de fortalecimento da relação mãe-bebê, podem ser uma alternativa para conduzir melhor a RI, considerando sua origem biopsicossocial. O objetivo do estudo foi verificar o efeito de orientações de comportamentos maternos de sincronia e de um protocolo de terapia manual sobre o número de regurgitações de lactentes saudáveis e a ansiedade materna. Foi realizado um ensaio clínico, simples cego, randomizado e controlado com dupla intervenção em díades de mães e lactentes saudáveis que apresentavam duas ou mais regurgitações em 24 horas. As díades foram randomizadas em grupo intervenção (GI) e grupo controle (GC). Ambos os grupos receberam a intervenção de orientações de comportamentos maternos de sincronia com olhar, vocalização e toque através de massagem realizada pela mãe. Ao GI foi aplicado um protocolo de terapia manual, com técnicas do método Busquet, nas inserções diafragmáticas anteriores, região epigástrica e coluna vertebral. Os desfechos avaliados foram número de regurgitações nas últimas 24 horas, média do número de regurgitações no registro de três dias, percepção materna sobre redução das regurgitações e ansiedade materna através do inventário de ansiedade IDATE – estado. Foram acompanhadas 26 díades, perfazendo 12 no GI e 14 no GC. Em ambos os grupos houve redução no número das regurgitações do 4º mês em relação ao 1º, tanto quando se considera regurgitação nas 24 horas (GI p=0,03 e GC p=0,04), quanto o registro de três dias (GI p=0,09 e GC p=0,05). Estas reduções foram observadas já no 2º mês somente no GI, tanto no número de regurgitações nas últimas 24 horas (p=0,03) quanto no registro de três dias (p=0,07) e na ansiedade materna (p=0,02), o que não foi observado no GC. Não houve uso de medicação para refluxo gastresofágico em nenhum grupo durante os quatro meses e os bebês do GI foram massageados por mais dias no 2º mês de vida que o grupo controle (p=0,06). O estudo conclui que díades de mães e bebês saudáveis que receberam orientações de comportamento materno de sincronia com vocalização, olhar e toque através de massagem apresentaram redução no número de regurgitações e na ansiedade materna no quarto mês pós-parto e que esta redução parece ser antecipada para o segundo mês quando a intervenção é associada a um protocolo de terapia manual sob as regiões diafragmática, epigástrica e coluna vertebral. The occurrence of infant regurgitation (IR) can be explained by biological factors related to the infant, such as dysregulation of the digestive system; and biopsychosocial factors associated with the family-baby relationship. The biomedical model of IR treatment does not bring the expected resolution to infants and families. The non-medicated approach by manual therapy (TM) and its possible effect on the autonomic nervous system (ANS), as well as strategies to strengthen the mother-baby relationship, may be an alternative to better manage IR considering its biopsychosocial origin. The aim of the study was to verify the effect of the orientation for maternal synchrony behavioral and the manual therapy protocol on the number of regurgitation of healthy infants and maternal anxiety. Single blind, randomized, double-controlled clinical trial in dyads of healthy mothers and infants who had two or more regurgitations within 24 hours. The dyads were randomized into intervention group (IG) and control group (CG). Both groups received the intervention of orientations of maternal synchrony behaviors, including gaze at infant’s face, vocalization and touch through massage performed by the mother. A manual therapy protocol with the Busquet method was applied to the IG in the anterior diaphragmatic inserts, the epigastric region and the spine. The outcomes evaluated were observed in the number of regurgitations within 24 hours, the mean number of regurgitations in the three-day registry, the maternal perception of a reduction in regurgitation and the maternal anxiety through the state anxiety inventory (STAI). 26 dyads were followed, 12 in IG and 14 in CG. In both groups there was a reduction in the number of regurgitations in the fourth month compared to the first, both when considering regurgitation in the 24 hours (GI p = 0.03 and GC p = 0.04) and the three-day record (p = 0.09 and GC p = 0.05). These reductions were observed in the second month of IG in the number of regurgitations in the last 24 hours (p = 0.03), in the three-day registry (p = 0.07) and in maternal anxiety (p = 0.02), which was not observed in the CG. There was no use of gastroesophageal reflux medication in any group during the four months and IG infants were massaged for more days in the second month of life than the CG (p = 0.06). The study concludes that dyads of healthy mothers and babies who received orientation for maternal synchronous behavior with vocalization, gaze at infant's face and touch through massage showed a reduction in the number of regurgitations and in maternal anxiety in the fourth month postpartum and that this reduction seems to be anticipated for the second month when the intervention is associated with a manual therapy protocol under the diaphragmatic, epigastric and spinal regions.
Databáze: OpenAIRE