Avaliação da dose absorvida pela mucosa oral em pacientes submetidos à radioterapia conformada tridimensional (3D-CRT) e à radioterapia com modulação da intensidade do feixe (IMRT) em região de cabeça e pescoço [recurso eletrônico]/Breno Amaral Rocha ; orientador: Martinho Campolina Rebello Horta

Autor: Rocha, Breno Amaral
Přispěvatelé: Horta, Martinho Campolina Rebello Orientador, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.Programa de Pós-Graduação em Odontologia Instituição
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_MINAS
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC MINAS)
instacron:PUC_MINS
Popis: Dissertação (Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Odontologia. Bibliografia: f. 59-61 A radioterapia é uma importante modalidade de tratamento das neoplasias malignas de cabeça e pescoço, seja de forma isolada ou associada à cirurgia e/ou quimioterapia. Entretanto, a radioterapia ainda está associada a complicações orais radioinduzidas. Os avanços tecnológicos permitiram a implementação de novas técnicas de radioterapia baseadas em sistemas de planejamento com utilização da tomografia computadorizada, como a radioterapia conformada tridimensional (three dimensional conformal radiation therapy ? 3D-CRT). A radioterapia com modulação da intensidade do feixe (intensity modulated radiation therapy - IMRT) também constitui um avanço tecnológico na administração da radiação ionizante. Sua capacidade de conformar a dose ao alvo é uma das principais diferenças em relação à 3D-CRT, pois permite a administração de altas doses de radiação no alvo tumoral concomitantemente à proteção dos tecidos normais em seu entorno. Por não ser considerado um órgão de risco, a mucosa oral não é delineada nos planejamentos de radioterapia, sendo, geralmente, incluída nos campos de tratamento durante a radioterapia de tumores de cabeça e pescoço. Isso pode proporcionar o surgimento da mucosite oral e a exposição das glândulas salivares menores à radiação ionizante, efeitos deletérios que podem impactar negativamente na qualidade de vida dos pacientes. Diante do exposto, este estudo teve como objetivo mensurar e comparar a dose mínima, a dose média, a dose máxima, a D25 e a D50 (doses recebidas por 25% e 50% do volume da mucosa, respectivamente) entregues à mucosa labial, à mucosa jugal e ao palato mole, em pacientes submetidos à 3D-CRT e à IMRT em região de cabeça e pescoço. A amostra foi constituída por 62 planos terapêuticos de 62 pacientes, divididos em dois grupos: 3D-CRT (31 casos) e IMRT (31 casos). Um pareamento dos pacientes por sítio tumoral (cavidade oral; orofaringe; laringe) e estádio clínico (I e II; III e IV) foi também realizado. Três regiões da mucosa oral foram delineadas: i) mucosa labial inferior e superior; ii) mucosa jugal bilateralmente; iii) palato mole. Os dados foram tratados por meio de estatística descritiva e analítica. Ao avaliar as doses entregues, por ambas as técnicas, à mucosa labial, à mucosa jugal e ao palato mole, observamos que a IMRT entregou doses significativamente mais altas (com exceção da dose máxima em mucosa labial inferior), quando comparadas à 3D-CRT (p < 0,05). No momento em que os pacientes foram pareados por sítio tumoral e estádio clínico, as doses entregues à mucosa labial, à mucosa jugal e ao palato mole foram também maiores no grupo IMRT, quando equiparadas ao grupo 3D-CRT (p < 0,05). Nossos resultados demonstraram que a IMRT em região de cabeça e pescoço entrega doses mais altas à mucosa oral, quando comparada à 3D-CRT. Assim, os dados do presente estudo sugerem que a mucosa oral deve ser considerada órgão de risco durante os planejamentos da IMRT. Palavras-chave: Câncer de cabeça e pescoço. Radioterapia conformada tridimensional. Radioterapia com modulação da intensidade do feixe. Mucosa oral. Mucosite oral. Radiotherapy is an important treatment modality for malignant neoplasms of the head and neck, either alone or in association with surgery and / or chemotherapy. However, radiotherapy is still associated with radioinduced oral complications. Technological advances have allowed the implementation of new radiotherapy techniques based on planning systems using computed tomography, such as three-dimensional conformal radiation therapy (3D-CRT). Intensity modulated radiation therapy (IMRT) radiotherapy also constitutes a technological advance in the administration of ionizing radiation. Its ability to conform the dose to the target is one of the main differences in relation to 3D-CRT, allowing the administration of high doses of radiation to the tumor target concurrently with the protection of normal tissues in its surroundings. The oral mucosa is not outlined in the radiotherapy treatment plans, since it is not considered a risk organ, and is therefore generally included in the treatment fields during radiotherapy of head and neck tumors. This can lead to the appearance of oral mucositis and the exposure of minor salivary glands to ionizing radiation, deleterious effects that can negatively impact the quality of life of patients. Given the above, this study aimed to measure and compare the minimum dose, the average dose, the maximum dose, D25 and D50 (doses received by 25% and 50% of the volume of the mucosa, respectively) delivered to the lip mucosa, to the buccal mucosa and the soft palate, in patients undergoing 3D-CRT and IMRT in the head and neck region. The sample consisted of 62 treatment plans for 62 patients, divided into two groups: 3D-CRT (31 cases) and IMRT (31 cases). A pairing of patients by tumor site (oral cavity; oropharynx; larynx) and clinical stage (I and II; III and IV) was also performed. Three regions of the oral mucosa were outlined: i) lower and upper lip mucosa; ii) bilateral mucosa bilaterally; iii) soft palate. The data were treated using descriptive and analytical statistics. When evaluating the doses delivered, by both techniques, to the labial mucosa, the buccal mucosa and the soft palate, we observed that IMRT delivered significantly higher doses (with the exception of the maximum dose in the lower labial mucosa) when compared to 3D-CRT (p < 0.05). When patients were paired by tumor site and clinical stage, the doses delivered to the labial mucosa, the buccal mucosa and the soft palate were also higher in the IMRT group, when compared to the 3D-CRT group (p < 0.05). Our results demonstrated that IMRT in the head and neck region delivers higher doses to the oral mucosa, when compared to 3D-CRT. Thus, the data from the present study suggest that the oral mucosa should be considered a risk organ during IMRT planning. Keywords: Head and neck cancer. Three-dimensional conformal radiation therapy. Intensity modulated radiation therapy. Oral mucosa. Oral mucositis.
Databáze: OpenAIRE