Work accidents with exposure to biological material in health professionals in Brazil: time trends and factors associated with the use of personal protective equipment

Autor: MESQUITA, Leonel Lucas Smith de
Přispěvatelé: CALDAS, Arlene de Jesus Mendes, SILVA, Tereza Cristina, LOPES, Maria Lúcia Holanda, SANTOS, Alcione Miranda dos, CARVALHO BRANCO, Maria dos Remédios Freitas
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMA
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
instacron:UFMA
Popis: Submitted by Daniella Santos (daniella.santos@ufma.br) on 2021-01-15T13:32:11Z No. of bitstreams: 1 LEONELLUCAS.pdf: 2941160 bytes, checksum: 65ce22e6817efafb9f361ece7efe2982 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-15T13:32:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 LEONELLUCAS.pdf: 2941160 bytes, checksum: 65ce22e6817efafb9f361ece7efe2982 (MD5) Previous issue date: 2020-12-28 Introduction: According to the World Health Organization (WHO), every year three million health professionals in the world are exposed to blood pathogens through percutaneous accidents. As a precaution to reduce this exposure is the use of Personal Protective Equipment (PPE), which work as barriers to protect the mucous membranes, airways and skin. Objective: To analyze the use of personal protective equipment among health professionals who have suffered work accidents with exposure to biological material occurred in Brazil (ATEMB), in the period from 2010 to 2018. Method: A trend study, ecological type, of time series of the use of PPE by health professionals victims of ATEMB, in Brazil was carried out; and a crosssectional, analytical type study on the factors associated with the use of PPE by health professionals injured in biological material in Brazil. The information was collected from the Ministry of Health's Information System on Notifiable Diseases. Descriptive analysis of the data was performed and the proportions of the use of PPE were calculated. For the analysis of trends on the use of PPE during work accidents, the Prais-Winsten procedure was used for generalized linear regression. The trend of the coefficients was assessed in terms of growth, decline or stability. For the study of associated factors, a descriptive analysis of the data was performed and, subsequently, the univariate analysis to verify the association of the independent variables in relation to the outcome (effective adherence: use of at least three PPE), the model of Poisson regression with robust variance. In multivariate analysis, Poisson regression with robust variance and hierarchical modeling was also used to control possible confounding factors and estimate the prevalence ratios (PR) between the independent variables and the outcome. The research complied with the ethical aspects of Resolutions 466/12 and 510/2016 of the National Health Council, assessed and approved by the Research Ethics Committee of the University Hospital of the Federal University of Maranhão. Results: In the analysis of the time series trend, positive growth was evidenced both for general national data and for all regions of Brazil. Thus, there was an increase in the use of PPE in all regions of the country, but, when analyzing the Federative Units, the trends were heterogeneous. The North region had the highest rates of change in Brazil (especially the states of Rondônia and Amapá́). The Northeast region had the lowest rate of variation between regions and the state of Sergipe was the only one that showed a downward trend. In the Midwest region, only Goiás showed an increasing trend. The South and Southeast regions were the only homogeneous regions, in which all UFs showed an increasing trend. In the study of associated factors, it was identified that, of the 308,997 ATEMBs among health professionals, only 27.38% used three or more PPE at the time of the accident. It was observed in the adjusted analysis that being a professional aged 40 years or less, having 12 years or less of schooling, working in the capital or metropolitan region, working with a technical level occupation, being 10 years old or less or more than 20 years old accidents, accidents due to percutaneous exposure, blood and sharps, were related to greater chances of not using PPE in cases of work accidents. Conclusion: The findings point to the need to strengthen permanent education for health professionals, especially in regions with lower proportions of adherence to the use of PPE and in those that did not show growth in adherence to the use of PPE. The identification of the prevalence and factors associated with occupational accidents among health professionals can allow interventions on risky behavior and improvement in the quality of working conditions. Introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, três milhões de profissionais de saúde no mundo são expostos a patógenos sanguíneos através dos acidentes percutâneos. Como precaução para reduzir essa exposição elenca-se o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que funcionam como barreiras de proteção das mucosas, vias aéreas e pele. Objetivo: Analisar o uso de equipamentos de proteção individual entre os profissionais de saúde que sofreram acidentes de trabalho com exposição a material biológico ocorridos no Brasil (ATEMB), no período de 2010 a 2018. Método: Realizou-se um estudo de tendência, tipo ecológico, de séries temporais do uso de EPIs por profissionais de saúde vítimas de ATEMB, no Brasil; e um estudo transversal, tipo analítico, sobre os fatores associados ao uso EPIs por profissionais de saúde acidentados com material biológico no Brasil. As informações foram coletadas a partir do banco de dados do Sistema de Informação sobre Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde. Realizou-se análise descritiva dos dados e foram calculadas as proporções do uso de EPIs. Para análise das tendências sobre o uso de EPI durante o acidente de trabalho, utilizou-se o procedimento de Prais-Winsten para regressão linear generalizada. A tendência dos coeficientes foi avaliada em crescimento, declínio ou estabilidade. Para o estudo de fatores associados realizou-se a análise descritiva dos dados e, posteriormente, a análise univariada para verificar a associação das variáveis independentes em relação ao desfecho (adesão efetiva: uso de pelo menos três EPI), utilizou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta. Na análise multivariada também foi utilizada a regressão de Poisson com variância robusta e modelagem hierarquizada para controle de possíveis fatores de confusão e estimação das razões de prevalência (RP) entre as variáveis independentes e o desfecho. A pesquisa atendeu aos aspectos éticos das Resoluções 466/12 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), apreciado e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão. Resultados: Na análise da tendência de série temporal, evidenciou-se crescimento positivo tanto para os dados gerais nacionais, quanto para todas as regiões do Brasil. Assim, houve aumento do uso de EPIs em todas as regiões do país, mas, ao analisar as Unidades Federativas, as tendências foram heterogêneas. A região Norte apresentou as maiores taxas de variação do Brasil (com destaque para os estados de Rondônia e Amapá́). A região Nordeste teve a menor taxa de variação entre as regiões e o estado de Sergipe foi o único que apresentou tendência decrescente. Na região Centro-Oeste apenas Goiás apresentou tendência crescente. As regiões Sul e Sudeste foram as únicas regiões homogêneas, nas quais todas as UFs apresentaram tendência crescente. No estudo de fatores associados foi identificado que, dos 308.997 ATEMBs entre os profissionais de saúde, apenas 27,38% utilizavam três ou mais EPIs no momento do acidente. Observou-se na análise ajustada que ser profissional com idade menor ou igual a 40 anos, ter 12 anos ou menos de escolaridade, trabalhar na capital ou região metropolitana, trabalhar com ocupação de nível técnico, ter 10 anos ou menos ou mais de 20 anos de trabalho, acidentar-se por exposição percutânea, por sangue e por perfurocortantes, relacionaram-se a maiores chances de não estar usando EPI nos casos de acidentes de trabalho. Conclusão: Os achados apontam para a necessidade de fortalecimento da educação permanente direcionada aos profissionais de saúde, principalmente nas regiões com menores proporções de adesão ao uso de EPI e nas que não apresentaram crescimento de adesão ao uso de EPI. A identificação da prevalência e dos fatores associados aos acidentes de trabalho entre os profissionais de saúde podem permitir intervenções sobre comportamentos de risco e melhoria na qualidade das condições de trabalho.
Databáze: OpenAIRE
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