O Canto Genetlíaco de Alvarenga Peixoto: entre a retórica setecentista e a independência política

Autor: Esteves de Souza, Caio Cesar
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Antíteses; Vol. 15 No. Especial (2022): A independência do Brasil-200 anos; 263-286
Antíteses; v. 15 n. Especial (2022): A independência do Brasil-200 anos; 263-286
Antíteses
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron:UEL
ISSN: 1984-3356
Popis: This article discusses Alvarenga Peixoto’s “Canto Genetlíaco”, a poem produced in 1789, in Minas Gerais, to celebrate the birth of D. José Tomás de Menezes. We set the poem in dialogue withsome major 18th-century treatises of poetics and rhetoric that regulated the production of poetry at the time both in Brazil and Portugal. The poem is read in relation to the writings of Verney, Francisco Pina de Sá e de Melo, and Bento Rodrigo Pereira de Soto-Maior Menezes. What we aim to demonstrate is how the poem perfectly fits the European poetic.If it can be read as a “nativist” discourse, it is simply because such “nativism” was a constitutive part of the expectations for that genre of poetry in the late 18th-century Luso-Brazilian tradition – that would be reappropriated by men of letters in the context of the Brazilian independence as a sign of protonationalism. Este artigo discute o “Canto Genetlíaco”, produzido em 1782 nas Minas Gerais por Inácio José de Alvarenga Peixoto ao celebrar o nascimento de D. José Tomás de Menezes, em diálogo com a tradição poético-retórica setecentista que estabelece normas de produção e de recepção de discursos dessa natureza. Para isso, cotejaremos o poema de Alvarenga Peixoto com escritos de Verney, Francisco de Pina de Sá e de Melo e Bento Rodrigo Pereira de Soto-Maior Menezes. O que se busca é demonstrar como o poema está perfeitamente enquadrado na tradição poético-retórica europeia da época e, se pode ser lido em chave nativista é porque esse “nativismo” faz parte das prescrições retóricas setecentistas que regiam os discursos letrados dessa natureza e que, de alguma maneira, inspiraram a lírica independentista.
Databáze: OpenAIRE