Crisis of paternal authority and emergence of psychoanalysis: from Modernity to the possibility of psycoanalyzing
Autor: | Ricci, Paulo Sérgio Pereira |
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Přispěvatelé: | Universidade Estadual Paulista (Unesp), Dionisio, Gustavo Henrique [UNESP] |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UNESP Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
Popis: | Submitted by Paulo Sérgio Pereira Ricci (paulo.ricci@unesp.br) on 2022-10-19T15:40:30Z No. of bitstreams: 1 PAULO SÉRGIO PEREIRA RICCI TESE DEFINITIVA.pdf: 1479884 bytes, checksum: 47ab016d2f8d0cdff2a8d2a2d3817de8 (MD5) Approved for entry into archive by Laura Akie Saito Inafuko (linafuko@assis.unesp.br) on 2022-10-19T16:46:05Z (GMT) No. of bitstreams: 1 ricci_psp_dr_assis.pdf: 1479884 bytes, checksum: 47ab016d2f8d0cdff2a8d2a2d3817de8 (MD5) Made available in DSpace on 2022-10-19T16:46:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 ricci_psp_dr_assis.pdf: 1479884 bytes, checksum: 47ab016d2f8d0cdff2a8d2a2d3817de8 (MD5) Previous issue date: 2022-08-31 A presente pesquisa refere-se a análise da relação entre a crise da autoridade imaginária paterna, instaurada pelo advento da Modernidade, e a emergência da Psicanálise enquanto prática clínica e conhecimento científico. As transformações sociais manifestas pela Modernidade deslocaram a posição de autoridade imaginária social implicando em uma crise psíquica, considerada como o elemento que possibilitou a elaboração da Psicanálise freudiana. O novo contrato social fundado a partir da Revolução Francesa marcou a ascensão de um novo sujeito, que passou a representar e questionar o sofrimento. A atividade clínica freudiana é considerada como construção emergente da escuta de modalidades de sofrer que autoriza o fazer-se autoridade de si por meio da livre expressão fundamentada. A queda do Império Austro-Húngaro é reconhecida como a condição material para a construção da Psicanálise por Sigmund Freud (1856-1939) e em Viena. A atividade psicanalítica é considerada como atravessada pela ambiguidade que marca a contradição social presente na passagem do século XIX para o século XX. Nesse sentido existe uma relação entre as características sociais e o interesse freudiano, e do primeiro grupo de psicanalistas, em relação a intervenção e análise do sofrimento psíquico. Nessa contradição, a expressão do poder patriarcal se faz presente na clínica e escrita freudianas, apresentando um caráter tanto de resistência quanto de subversão as formas de relação postas no campo social. Na direção de análise dos fundamentos da produção psicanalítica são analisadas as atas da sociedade das quartas-feiras, primeira organização que debateu coletivamente temas afetos a compreensão do adoecimento psíquico, bem como relacionados a existência humana e expressões de sua atividade. A autoridade foi assim tomada como questão presente nesse primeiro círculo de discussão e estruturação da Psicanálise por pares. Ademais, como conceito, a autoridade é considerada como um elemento tomado pelo sujeito como referência em sua estruturação subjetiva e que, na dependência de sua expressão, pode ser determinante para a saúde ou aumento do sofrimento psicológico. Na direção da urgência e contribuição da escuta analítica, tanto clínica como ciência, propõem uma dissolução da autoridade imaginária paterna, para a construção da autoridade de si, por meio da livre expressão fundamentada, marca da técnica freudiana. Tal processo carrega a potência do instrumental analítico para processos de emancipação subjetiva e social. The present research refers to the analysis of the relationship between the crisis of the imaginary paternal authority, established by the advent of Modernity and the emergence ofpsychoanalysis as a clinical practice and scientific knowledge. The social transformations manifested by Modernity shifted the imaginary social authority position, implying a psychic crisis, considered as the element that made possible the elaboration of Freudian psychoanalysis. The new social contract founded from the French Revolution marked the rise of a new subject who came to represent and question suffering. The Freudian clinical activity is considered as an emerging construction of listening to modalities of suffering that authorizes the self-authority through free and grounded expression. The decreasing of the Austro-Hungarian empire is recognized as the material condition for the construction of Psychoanalysis by Sigmund Freud (1856-1939) and in Vienna. Psychoanalytic activity is considered to be crossed by the ambiguity that marks the social contradiction present in the passage from the 19th to the 20th century. In this sense, there is a relationship between social characteristics and the Freudian interest, and that of the first group of psychoanalysts, in relation to the intervention and analysis of psychic suffering. In this contradiction, the expression of patriarchal power is present in the Freudian clinic and writing, presenting a character of both resistance and subversion to the forms of relationship placed in the social field. In order to analyze the foundations of psychoanalytic production, the minutes of the Wednesday society are analyzed, the first organization that collectively debated topics related to the understanding of psychic illness, as well as related to human existence and expressions of its activity. Authority was thus taken as an issue present in this first circle of discussion and structuring of psychoanalysis by peers. Furthermore, as a concept, authority is considered as an element taken by the subject as a reference in his subjective structuring and which, depending on its expression, can be determinant for health or an increase in psychological suffering. In the direction of the urgency and contribution of analytical listening, both clinically and scientifically, they propose a dissolution of the paternal imaginary authority, for the construction of the self authority, through free grounded expression, a mark of the Freudian technique. Such a process carries the power of the analytical instrument for processes of subjective and social emancipation. |
Databáze: | OpenAIRE |
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