Cine indígena, transfiguración étnica del cine

Autor: Oliveira, Bernardo
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Argumentos-Revista do Departamento de Ciências Sociais da Unimontes; v. 19 n. 2 (2022); 45-64
Argumentos (Montes Claros. Online)
Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)
instacron:UNIMONTES
ISSN: 2527-2551
1806-5627
Popis: This essay starts from the premise that the “ethnic transfiguration” advocated by Darcy Ribeiro can be reused in a parodic way to think about something that Darcy himself did not foresee: Indigenous cinema. With this, I intend to highlight the very unique aspect of this set of films and pose a fundamental question: starting from the debate around the transformational history advocated by the category “ethnic transfiguration”, how to think about the apparent contradiction and the renewing force of the cinema starring native peoples? I intend to expose this difference here through the analysis of two films: Ava Yvy Vera — Terra do Povo do Raio (2016), by the Kaiowa collective formed by Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes and Edna Ximenes; and Yãy tu nũnãhã payexop: Encontro de Pajés (2021), by Sueli Maxakali. I advance my hypothesis here: it is a form of difference that is invented and produced by the consistent inconstancy of the savage soul: from interested assimilation to simultaneous contempt for the reification of the assimilated thing and its subsequent reuse, selective, negotiated, resignified. Este ensayo parte de la premisa de que la “transfiguración étnica” preconizada por Darcy Ribeiro puede ser reutilizada de manera paródica para pensar algo que el propio Darcy no previó: el cine indígena. Con esto, pretendo resaltar el aspecto muy singular de este conjunto de películas y plantear una pregunta fundamental: a partir del debate en torno a la historia transformacional que preconiza la categoría “transfiguración étnica”, cómo pensar la aparente contradicción y la fuerza renovadora del cine protagonizado por pueblos originarios? Pretendo exponer aquí esta diferencia a través del análisis de dos películas: “Ava Yvy Vera — Terra do Povo do Raio” (2016), del colectivo Kaiowa formado por Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes y Edna Ximenes; y “Yãy tu nũnãhã payexop: Encontro de Pajés” (2021), de Sueli Maxakali. Adelanto aquí mi hipótesis: es una forma de diferencia que se inventa y produce por la inconstancia consecuente del alma salvaje: de la asimilación interesada al desprecio simultáneo por la cosificación de la cosa asimilada y su posterior reutilización, selectiva, negociada, resignificada. Este ensaio parte da premissa de que a “transfiguração étnica” preconizada por Darcy Ribeiro pode ser reutilizada de forma paródica para pensar algo que o próprio Darcy não previu: o cinema indígena. Pretendo com isso ressaltar o aspecto singularíssimo desse conjunto de filmes e posicionar uma indagação de fundo: a partir do debate em torno da história transformacional preconizada pela categoria “transfiguração étnica”, de que forma pensar a aparente contradição e a força renovadora do cinema protagonizado por povos originários? Pretendo expor aqui essa diferença através da análise de dois filmes: Ava Yvy Vera — Terra do Povo do Raio (2016), do coletivo Kaiowa formado por Genito Gomes, Valmir Gonçalves Cabreira, Johnaton Gomes, Joilson Brites, Johnn Nara Gomes, Sarah Brites, Dulcídio Gomes e Edna Ximenes; e Yãy tu nũnãhã payexop: Encontro de Pajés (2021), de Sueli Maxakali. Adianto aqui minha hipótese: trata-se de uma forma da diferença que é inventada e produzida pela consistente inconstância da alma selvagem: da assimilação interessada ao simultâneo desprezo pela reificação da coisa assimilada e seu posterior reaproveitamento, seletivo, negociado, ressignificado.
Databáze: OpenAIRE