The voice of black resistance in the lyric poetry of Alzira Rufino, Beatriz Nascimento and Esmeralda Ribeiro

Autor: Nunes, Kelly Cristiane
Přispěvatelé: Oliveira, Valdeci Batista de Melo, Smith Júnior, Francisco Pereira, Cruz, Antonio Donizeti da
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
instacron:UNIOESTE
Popis: Submitted by Edineia Teixeira (edineia.teixeira@unioeste.br) on 2022-10-25T14:08:25Z No. of bitstreams: 2 Kelly_Nunes.2022.pdf: 800497 bytes, checksum: 5fcd971b7dd6923af32810e2d91bc93b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2022-10-25T14:08:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Kelly_Nunes.2022.pdf: 800497 bytes, checksum: 5fcd971b7dd6923af32810e2d91bc93b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2022-08-12 The research presented develops an interpretative and comparative analysis of Afro-Brazilian lyric poetry composed by three black women poets: Alzira Rufino, Beatriz Nascimento and Esmeralda Ribeiro. They, like others, turn the lyrics into a weapon of resistance against the racism present in Brazilian society. In addition to racism, there are also among their ills: social inequality, misogyny and sexism. These black women fight against all these forms of oppression in their poetry. The hypothesis that guides this research is how the words of these women contribute to their freedom, about ethnic, gender and class, and the general objective is to demonstrate how black resistance is present in lyrical poetry by comparing the voices of these three Afro-Brazilian poets as way of giving voice and recognizing the importance of literature produced by black women. In order to achieve the proposed objective, we support the research on the theoretical assumptions of comparative literature with Bosi (1977) and (2002) and Coutinho (2016) and lyrical theory, we are guided by Adorno (2003), Goldstein (1989) and Cara (1985), and also on studies dealing with resistance and structural racism with Almeida (2021), Munanga (2003) and Djamila Ribeiro (2018). We observed that Afro-Brazilian literature by female authors establishes reflections from the experience of a subject crossed by the identities of being a woman and being black in Brazilian society and presents resistance in their poetics. We conclude that the poetic work carried out by these poets presents a unique historical perspective, which starts from the look of black women arranged in verses that demonstrate the strength and resistance as political acts of denunciation and fight against centuries of discrimination against the black people in Brazil. We hope this study brings contributions to the field of comparative literature and also provides theoretical support for approaching resistance in lyrical poetry A pesquisa apresentada desenvolve uma análise interpretativa e comparativa sobre a poesia lírica afro-brasileira composta por três mulheres negras poetas: Alzira Rufino, Beatriz Nascimento e Esmeralda Ribeiro. Elas, assim como outras, fazem da lírica uma arma de resistência contra o racismo presente na sociedade brasileira. Além do racismo, somam-se entre as suas mazelas: a desigualdade social, a misoginia e o machismo. Essas mulheres negras lutam contra todas essas formas de opressão em sua poesia. A hipótese que norteia esta pesquisa é como a palavra dessas mulheres contribui para a libertação, tanto étnica, de gênero e de classe, e o objetivo geral é demonstrar como a resistência negra está presente na poesia lírica, comparando as vozes dessas três poetas afro-brasileiras como forma de dar voz e reconhecer a importância da literatura produzida por mulheres negras. Na perspectiva de alcançar o objetivo proposto, sustentamos a pesquisa nos pressupostos teóricos da literatura comparada com Bosi (1977; 2002) e Coutinho (2016) e da teoria lírica, nos pautamos em Adorno (2003), Goldstein (1989) e Cara (1985), e também nos estudos que tratam da resistência e do racismo estrutural com Almeida (2021), Munanga (2003) e Djamila Ribeiro (2018) entre outros. Nós observamos que a literatura afro-brasileira de autoria feminina estabelece reflexões a partir da experiência de um sujeito atravessado pelas identidades de ser mulher e de ser negra na sociedade brasileira e apresenta resistência em sua poética. Concluímos que o trabalho realizado pelas autoras destacadas apresenta uma perspectiva histórica singular, que parte do olhar da mulher negra disposto em versos que demonstram a força e a resistência como atos políticos de denúncia e luta contra séculos de discriminação contra a população negra no Brasil. Espera-se que este estudo traga contribuições para a área da literatura comparada e, ainda, forneça subsídios teóricos para a abordagem da resistência na poesia lírica.
Databáze: OpenAIRE