Efeitos da radiação gama na viabilidade biológica e competência vetorial de Aedes aegypti (Diptera: Culicidae)
Autor: | MENDONÇA, Carlos Messias de |
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Přispěvatelé: | SILVA, Edvane Borges da, SANTOS, Maria Alice Varjal de Melo |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2019 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
Popis: | CAPES A prevenção de arboviroses como dengue, chikungunya e Zika está fortemente associada a efetividade das ações de controle do mosquito Aedes aegypti, considerado o principal vetor no Brasil. Recentemente, tecnologias envolvendo o uso da radiação ionizante para a esterilização de machos do mosquito e sua liberação em campo estão sendo consideradas promissoras para o controle da espécie. No entanto, pouco se sabe sobre os efeitos secundários desta radiação sobre a competência vetorial das fêmeas, frequentemente expostas e liberadas durante a produção em massa dos machos estéreis (ME) ou ainda sobre os descendentes dos machos que sofreram esterilidade parcial. Neste contexto, o presente estudo avaliou parâmetros biológicos dos mosquitos provenientes de duas gerações filiais consecutivas (F1 e F2) de machos de Ae. aegypti expostos a 20, 30 e 40 Gy de radiação gama. Os testes em laboratório não revelaram efeitos adversos sobre a fecundidade, fertilidade, proporção sexual e sobrevivência dos descendentes, sugerindo que os efeitos mutagênicos sofridos pelos machos expostos à radiação não comprometeram o desempenho biológico das gerações seguintes. Da mesma forma, as fêmeas irradiadas com 40 Gy, apesar de completamente inférteis, se mostraram tão competentes ao Zika vírus, quanto as não expostas à radiação gama. Estes resultados são de grande importância epidemiológica e reforçam a necessidade de reduzir ao máximo as falhas no processo de separação de machos e fêmeas do mosquito. Além disso, também revelam que os efeitos mutagênicos de baixas doses de radiação gama têm fim no próprio indivíduo exposto, reforçando a prerrogativa da autolimitação da técnica e da necessidade de solturas continuadas dos machos estéreis para promover efeitos sustentáveis de controle de Ae. aegypti. The prevention of arboviruses such as dengue, chikungunya and Zika is strongly associated with the effectiveness of Aedes aegypti mosquito control actions, considered the main vector in Brazil. Recently, technologies involving the use of ionizing radiation for sterilization of mosquito males and their release in the field are being considered promising for species control. However, little is known about the side effects of this radiation on the vector competence of females, often exposed and released during mass production of sterile males (ME) or on the offspring of partially sterile males. In this context, the present study evaluated biological parameters of mosquitoes from two consecutive branch generations (F1 and F2) of males Ae Aegypti exposed to 20, 30 and 40 Gy of gamma radiation. Laboratory tests revealed no adverse effects on offspring fertility, fertility, sex ratio and survival, suggesting that the mutagenic effects suffered by radiation-exposed males did not compromise the biological performance of subsequent generations. Similarly, females irradiated with 40 Gy, although completely infertile, were as competent for Zika virus as those not exposed to gamma radiation. These results are of great epidemiological importance and reinforce the need to minimize failures in the separation process of males and females from the mosquito. Moreover, they also reveal that the mutagenic effects of low doses of gamma radiation have an end on the exposed individual himself, reinforcing the prerogative of the technique’s self-limitation and the need for continued sterile male loosening to promote sustainable Ae Aegypti control effects. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |