Study of rs1800947 and rs1130864 polymorphisms on the C-reactive protein gene in systemic lupus erythematosus patients : association with genetic susceptibility, serum levels of C-reactive protein and disease activity markers

Autor: Francieli Delongui
Přispěvatelé: Edna Maria Vissoci Reiche ., Roberta Losi Guembaroviski, Abel Esteves Soares, Marcell Alysson Batisti Lozovoy, Carlos Eduardo Coral de Oliveira
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2016
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron:UEL
Popis: Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune sistêmica, de etiologia multifatorial, com interações entre fatores genéticos, ambientais e hormonais. Estudos genômicos independentes identificaram várias regiões genéticas associadas à susceptibilidade ao LES, em particular uma região no braço longo do cromossomo 1, denominada 1q23-24. O gene que codifica a proteína C-reativa (PCR) encontra-se mapeado na região 1q23.2, o que o torna um candidato posicional plausível para ser investigado como um locus de susceptibilidade ao LES, além de ser um gene candidato para investigação baseado na atividade fisiológica de seu produto. Objetivo: O objetivo desse estudo foi determinar a associação entre os polimorfismos rs1130864 e rs1800947 no gene PCR com a susceptibilidade genética ao LES, níveis séricos de PCR e marcadores de atividade da doença em pacientes do sul do Brasil. Material e Métodos: O estudo caso-controle incluiu 183 pacientes atendidos no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Paraná, entre 2009 a 2015, com diagnóstico de LES e 138 doadores de sangue saudáveis. Os dados demográficos e clínicos foram obtidos com a aplicação de questionário padrão e prontuário médico. O DNA genômico foi extraído das células do sangue periférico e fragmentos de 460 pares de bases (pb) e de 744 pb do gene PCR foram amplificados pela reação em cadeia da polimerase para a genotipagem dos rs1130864 e rs1800947, respectivamente. Os produtos obtidos foram submetidos à digestão com as enzimas de restrição HpyCH4III (para o rs1130864) e MaeIII (para o rs1800947) e analisados pelo método do polimorfismo no comprimento dos fragmentos de restrição (RFLP). A contagem de leucócitos periféricos e os níveis séricos de PCR, C3, C4, interleucina (IL)-6, IL-10, fator de necrose tumoral (TNF)-α, anticorpos antinucleares (FAN), anticorpos contra o DNA de dupla fita (anti-dsDNA) e anti-nucleossomo foram determinados no momento da inclusão no estudo. A atividade da doença foi determinada pelos critérios estabelecidos pelo escore SLEDAI.Resultados: Na análise do rs1130864, avaliado em 176 pacientes e 137 controles, pacientes e controles não diferiram quanto a idade, sexo e etnia. A doença ativa foi observada em 46 (26,10%) pacientes. Quando comparados aos controles, os pacientes apresentaram maiores IMC (p=0,046) e níveis séricos de PCR (p=0,017), mesmo após análise de regressão logística binária. A maioria dos pacientes (73,90%) apresentou doença inativa (SLEDAI0,05). Nos pacientes, a frequência dos genótipos CC, CT e TT foi de 84 (47,70%), 71 (40,40%) e 21 (11,90%), respectivamente. No grupo controle, a frequência destes genótipos foi de 88 (64,20%), 43 (31,40%) e 6 (4,40%), respectivamente. Os genótipos CT e TT foram mais frequentes entre os pacientes com LES que nos controles, [odds ratio (OR) de 1,730, intervalo de confiaça (IC) 95%: 1,068-2,803, p=0,035 e OR: 3,667, (IC) 95%: 1,410-9,533, p=0,009, respectivamente]. A frequência do alelo T também foi maior nos pacientes comparados aos controles (OR: 1,883; IC 95%: 1,299–2,728; p=0,001). Quando os níveis séricos de PCR e outros marcardores laboratoriais e de atividade da doença foram avaliados entre os pacientes com LES, de acordo com os genótipos em um modelo dominante de análise, os pacientes que apresentavam, pelo menos, um alelo T (CT ou TT), comparados aos que apresentavam o genótipo CC, mostraram níveis mais elevados de PCR (p=0,014), eram mais frequententemente Caucasianos (p=0,018) e não faziam uso de imunossupressores como terapia (p=0,004), mesmo após análise de regressão logística binária. Na análise do rs1800947, avaliado em 183 pacientes e 138 controles, os indivíduos não diferiram quanto a idade, sexo e etnia. A doença ativa foi observada em 48 (26,20%) pacientes. Quando comparados aos controles, os pacientes apresentaram maiores valores de IMC (p=0,015), níveis séricos de PCR (p=0,045) e de IL-6 (p0,05). Nos pacientes, os genótipos GG e GC foram observados em 166 (90,70%) e 17 (9,30%), respectivamente e nenhum deles apresentou o genótipo CC. No grupo controle, esses genótipos foram observados em 127 (92,00%), 10 (7,30%) e 1 (0,70%), respectivamente. As frequências genotípica e alélica não diferiram entre pacientes e controles (OR: 0,846; IC 95%: 0,383–1,869; p=0,830 e OR: 0,933, IC 95%: 0,438–1,988; p=0,990, respectivamente). Os níveis séricos de PCR e outros marcadores laboratoriais e de atividade da doença não diferiram entre os pacientes com LES de acordo com os genótipos do polimorfismo rs1800947 em um modelo dominante de análise (p>0,05). Entretanto, os pacientes com o genótipo GC apresentaram uma frequência significativamente maior do não uso de drogas antimaláricas (OR: 3,922, IC 95%= 1,410-10,880, p=0,013) e uma tendência a valores menores de anti-dsDNA (p= 0,068), comparados aos com o genótipo GG. Conclusão: Os resultados demonstraram que, embora o polimorfismo rs1800947 do gene PCR não tenha sido associado com a susceptibilidade ao LES, atividade da doença e nem aos níveis séricos de PCR, o polimorfismo rs1130864 do gene PCR foi associado com a susceptibilídade ao LES e aos níveis séricos de PCR, mas não com a atividade da doença, em pacientes com LES do sul do Brasil. Nossos resultados podem sugerir que a elevação da PCR esteja relacionada com o polimorfismo rs1130864 e que, provavelmente, essa proteína desempenha um papel inflamatório na fisiopatologia do LES. Entretanto, estes resultados devem ser validados em estudos futuros para uma melhor compreensão do papel destas variantes genéticas nos níveis de PCR e na fisiopatologia do LES. Introdution: Systemic lupus erythematosus (SLE) is a systemic autoimmune disease presenting multifactorial etiology caractherized by interactions between genetic, environmental and hormonal factors. Independent genomic studies have identified several genetic regions associated with susceptibility to SLE, in particular a region in the long arm of chromosome 1, called 1q23-24. The gene encoding C-reactive protein (CRP) is mapped in 1q23.2 region, which makes this gene a plausible positional candidate to be investigated as a susceptibility locus for SLE, as well as being a candidate gene for research based on the physiological activity of your product. Objective: The aim of the present study was to evaluate the association between the rs1130864 and rs1800947 polymorphisms with the susceptibility for SLE and disease activity, as well as with CRP serum levels in SLE Southern Brazilian patients. Material and methods: The case-control study enrolled 183 patients from the Specialized Outpatient of University Hospital, State University of Londrina, Paraná State, during 2009 to 2015, diagnosed with SLE and 138 healthy blood donors. Demographic and clinical data were obtained using a standard questionnaire and medical records. Genomic DNA was extracted from peripheral blood cells and fragments with 460 base pair (bp) and 744 bp from CPR gene were amplified by polymerase chain reaction to genotype for rs1130864 and rs1800947, respectively. The products obtained were subjected to digestion with HpyCH4III enzyme (for rs1130864) and MaeIII enzyme (for rs1800947) and analysed by restriction fragment length polymorphism (RFLP). Peripheral white blood cell counts and CRP, C3, C4, interleukin (IL)-6, IL-10, tumor necrosis factor (TNF)-α, antinuclear autoantibodies (ANA), anti-double strand DNA (anti-dsDNA) autoantibodies and anti-nucleossome serum levels were determined at the moment of inclusion in the study. Disease activity was assessed using the SLE Disease Activity Index (SLEDAI). Results: In the analysis of the rs1130864, evaluated in 176 patients and 137 controls, patients and controls did not differ on age, sex, and ethnicity. Disease activity was observed in 46 (26.10%) patients. Compared to controls, SLE patients presented higher BMI (p=0.046) and serum levels of CRP (p=0.017), even after binary logistic regression analysis. Most of the patients (73.90%) presented inactive disease (SLEDAI0.05). In patients, the frequency of genotypes CC, CT and TT, was 84 (47.70%), 71 (40.40%) and 21 (11.90%), respectively. In control group, the frequency of this genotypes were 88 (64.20%), 43 (31.40%) and 6 (4.40%), respectively. The CT and TT genotypes were more common among SLE patients than in controls compared to the CC genotype [(odds ratio (OR): 1.730, confidence interval (CI) 95%: 1.068-2.803, p=0.035; and OR: 3.667, 95% CI: 1.410-9.533, p=0.009, respectively]. The frequency of the T allele was higher in patients than controls (OR: 1.883; 95% CI: 1.299-2.728; p=0.001). When serum levels of CRP and other laboratory and disease activity markers were evaluated among patients with SLE according to the genotypes in a dominant model of analysis, patients presenting at least one T allele (CT or TT), compared with those presenting the CC genotype, showed higher CRP levels (p=0.014), were more frequently Caucasians (p=0.018) and were not using immunosuppressor as therapy (p=0.004), even after binary logistic regression analysis. In the analysis of the rs1800947, evaluated in 183 patients and 138 controls, patients and controls did not differ on age, sex, and ethnicity. Disease activity was observed in 48 (26.20%) patients. When compared to controls, SLE patients presented higher BMI (p=0.015), serum levels of CRP (p=0.045), and IL-6 (p0.05). The frequency of GG and GC genotype in patients was 166 (90.70%) and 17 (9.30%), respectively and none of them presented the CC genotype. In the control group, the frequency of these genotypes was 127 (92.00%), 10 (7.30%) and 1 (0.70%), respectively. The genotype and allelic frequencies did not differ between patients and controls (OR 0.846, 95% CI: 0.383-1.869; p=0.830 and OR: 0.933, 95% CI: 0.438-1.988 p=0.990, respectively). The serum levels of CRP and other laboratory and disease activity markers did not differ between patients with SLE according to the genotypes of the rs1800947 in a dominant model of analysis (p>0.05). However, patients carrying the GC genotype presented a significantly higher frequency of unmedicated with antimalarial drugs (OR: 3.922, 95% CI = 1.410-10.880, p=0.0130), as well as a trend toward lower values of anti-dsDNA (p=0.068) compared with those carrying the GG genotype. Conclusion: The results showed that, although the rs1800947 CRP polymorphism was not associated with SLE susceptibility and disease activity, as well as with the serum levels of CRP, the rs1130864 CRP polymorphism was associated with SLE susceptibility and serum levels of CRP, but not with disease activity, in SLE patients from Southern Brazil. Our results may suggest that elevated CRP is related to rs1130864 polymorphism and, probably, this protein plays an inflammatory role in the pathophysiology of SLE. However, these results should be validated with further studies to better understand the role of these genetic variants in CRP levels and SLE pathophisiology.
Databáze: OpenAIRE