Efeitos extrapiramidais induzidos pela exposição crônica à metoclopramida e ao haloperidol em camundongos suíços

Autor: Santos, Aline Valeria Sousa
Přispěvatelé: Echeverry, Marcela Bermudez, Nascimento, Glauce Crivelaro do, Takada, Silvia Honda, Universidade Federal do ABC
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFABC
Universidade Federal do ABC (UFABC)
instacron:UFABC
Popis: Orientador(a): Profa. Dra. Marcela Bermudez Echeverry Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do ABC, Programa de Pós Graduação em Neurociência e Cognição. São Bernardo do Campo, 2021 Antipsicóticos típicos, como o haloperidol, tem por mecanismo de ação principal a capacidade de bloquear receptores dopaminérgicos do tipo D2 (D2R) no sistema nervoso central. Esses fármacos são a principal estratégia terapêutica de uma série de transtornos psiquiátricos e neurológicos, dentre eles, a esquizofrenia. Infelizmente esses medicamentos têm sido exaustivamente associados a efeitos colaterais motores debilitantes, os sintomas extrapiramidais, que podem ser divididos em alterações hipercinéticas (como a discinesia tardia; ou vacuous chewing movements (VCMs), em modelos animais) e hipocinéticas (como o parkinsonismo; ou catalepsia, em animais experimentais). Estudos prévios mostram que a metoclopramida, uma droga antiemética que é também antagonista de D2R, pode ser capaz de induzir efeitos extrapiramidais em humanos e roedores, de modo similar ao haloperidol. Esse trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos comportamentais da exposição crônica à metoclopramida (5 mg/kg ou 8 mg/kg) e haloperidol (0.5 mg/kg) em camundongos suíços, e posteriormente avaliar a modulação na imunorreatividade da proteína ?FosB, um fator de transcrição associado a mudanças neuronais de longo prazo em decorrência de estímulos extracelular crônicos, já relacionado a indução de efeitos extrapiramidais por antipsicóticos. Além disso, com o objetivo de avaliar a participação do sistema nitrérgico, realizamos a quantificação da proteína nNOS. As avaliações histoquímicas foram realizadas no estriado, a principal estrutura dos núcleos da base. Observamos que a metoclopramida, assim como o haloperidol, induz catalepsia e a manifestação de VCMs e, além disso, modulam comportamentos exploratórios e motivacionais/emocionais. A nível biológico, houve aumento na imunorreatividade para ?FosB na região motora do estriado (dorsolateral), mas não nas demais regiões, para o haloperidol e para a metoclopramida na dose de 5 mg/kg. Observamos também que a exposição crônica ao haloperidol ou à metoclopramida em camundongos suíços não altera a marcação de nNOS em nenhum dos quadrantes estriatais. Esses dados sugerem que maior atenção deve ser dada a utilização indiscriminada de metoclopramida, sobretudo ao que se refere as doses utilizadas e ao tempo de exposição. First-generation antipsychotics, such as haloperidol, have as their main mechanism of action the ability to block D2-like dopaminergic receptors type (D2R), in the central nervous system. These drugs are the main therapeutic strategy for a series of psychiatric and neurological disorders, including schizophrenia. Unfortunately, these medications have been extensively associated with debilitating motor side effects, the extrapyramidal symptoms, which can be divided into hyperkinetic (such as tardive dyskinesia; or vacuous chewing movement (VCMs), in animal models) and hypokinetic (such as parkinsonism; or catalepsy, in experimental animals) dysfunctions. Previous studies show that metoclopramide, an antiemetic drug that is also a D2R antagonist, may be able to induce extrapyramidal effects in humans and rodents, similarly to haloperidol. This work aimed to evaluate the behavioral effects of chronic exposure to metoclopramide (5 mg/kg or 8 mg/kg) and haloperidol (0.5 mg/kg) in Swiss mice and later to evaluate the modulation in the immunoreactivity of the ?FosB protein, a transcription factor associated with long-term neuronal changes after chronic extracellular stimuli, already related to the induction of extrapyramidal effects by antipsychotics. Furthermore, to evaluate the participation of the nitrergic system, we quantified the nNOS protein. Histochemical evaluations were performed in the striatum, the main structure of the basal ganglia. We observed that metoclopramide, like haloperidol, induces catalepsy and VCMs and, in addition, modulates exploratory and motivational/emotional behaviors. At the biological level, there was an increase in ?FosB immunoreactivity in the motor region of the striatum (dorsolateral), for haloperidol, and metoclopramide at the dose of 5 mg/kg. We also observed that chronic exposure to haloperidol or metoclopramide does not alter the ?FosB labeled cells in the other regions or nNOS in any of the striatal quadrants in Swiss mice. These data suggest that greater attention should be paid to the indiscriminate use of metoclopramide, especially regarding the doses used and the exposure time.
Databáze: OpenAIRE