Implementação do domínio Participação da CIF na prática clínica de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais especializados em saúde da criança: uma abordagem baseada na Tradução do Conhecimento
Autor: | Moura, Isabelly Cristina Rodrigues Regalado |
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Přispěvatelé: | Leite, Hércules Ribeiro, Campos, Ana Carolina de, Thomas, Denise Keiko Shikako, Hull, Egmar Longo, Lindquist, Ana Raquel Rodrigues |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2021 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) instacron:UFRN |
Popis: | Introdução: O domínio Participação da Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é definido como o envolvimento em situações de vida e é considerada um direito humano. Abrange elementos relacionados à frequência ou diversidade de participação, envolvimento, e preferências das crianças. Esses elementos funcionam como indicadores críticos de qualidade de vida para crianças com deficiência, mas são pouco utilizados na prática clínica de profissionais da reabilitação. Pensando em ampliar o olhar para os aspectos relacionados a participação, surge a necessidade de identificar as barreiras e facilitadores para a implementação, em seguida desenvolver uma estratégia de intervenção através de Tradução do Conhecimento (TC) para capacitar profissionais da reabilitação. Objetivos: (i) Escrever uma Scoping Review para identificar as barreiras e facilitadores para implementação em países de baixa, média e média alta renda; (ii) Identificar barreiras e facilitadores implementação do domínio participação; (iii) Capacitar os profissionais com relação ao domínio participação e avaliação do nível de propensão a mudança dos profissionais após a capacitação; (iv) Avaliar a percepção dos profissionais sobre a capacitação em participação. Justificativa: A implementação do domínio Participação da CIF fornecerá a identificação de barreiras e facilitadores para a implementação e do nível de propensão a mudança dos profissionais da reabilitação, estimulando a modificação na dinâmica terapêuticas dos profissionais e melhor atendimento as famílias e crianças com deficiência motora. Metodologia: Durante este estudo foram realizados uma revisão de escopo para conhecimento das estratégias de implementação em reabilitação em países de baixa e média renda, mapeamento das barreiras e facilitadores para a implementação e implementação do domínio participação da CIF através de abordagem mixed-methods. Na revisão de escopo foram identificados 14 estudos, sendo 3 de implementação e 11 de mapeamento. Durante a implementação 27 fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais participaram de quatro sessões de aprendizagem facilitadas por um facilitador do conhecimento. Antes da intervenção, os profissionais foram entrevistados através de grupos focais e pela ferramenta Organizational Readiness for Change (ORC) e grupos focais para análise do nível de propensão para a mudança e identificação de barreiras e facilitadores para a mudança. Após a intervenção, os profissionais foram entrevistados novamente através de grupos focais, para avaliar a possível mudança na prática. Dois pesquisadores realizaram a análise temática dos dados de forma independente. O design do estudo combina elementos de um ensaio pragmático e modelo mixed-methods. Resultados: Na revisão de escopo foram observadas barreiras e facilitadores individuais e organizacionais para a implementação em reabilitação. As barreiras de nível individual incluíram falta de habilidades e conhecimento, falta de motivação, tomada de decisão; e conhecimento da língua inglesa. Os facilitadores incluíam atitudes e motivação positivas. As barreiras de nível organizacional incluíam falta de tempo para acessar e implementar novas práticas, falta de recursos financeiros e pessoais, acesso limitado a periódicos científicos e aplicabilidade da pesquisa em ambientes rurais. Os facilitadores incluíam recursos financeiros e físicos adequados, um ambiente de gestão favorável, educação continuada e telereabilitação. Para o mapeamento dos profissionais foram realizados grupos focais onde foi possível identificar as barreiras e facilitadores individuais e organizacionais para a implementação no contexto local. Antes da capacitação os profissionais demonstraram ter bom conhecimento da CIF, mas apresentaram baixos índices de utilização da classificação na prática clínica. As barreiras individuais e organizacionais que poderiam família e contexto, dificuldade de ampliar o olhar, e barreiras do serviço. Como facilitadores para a implementação foram citados a padronização das ações, trabalho em equipe e estímulo do uso da CIF por outras categorias. Após a capacitação, os profissionais demonstraram aumento nos níveis de propensão a mudança, e satisfação com o treinamento, inserindo na prática clínica o domínio participação da CIF. Durante a implementação, os profissionais enfrentaram barreiras de tempo, rotina e sobrecarga de trabalho; e facilitadores relacionados ao bom treinamento da equipe e valorização pessoal. Conclusão: Esta estratégia foi eficaz em identificar as barreiras e facilitadores para implementação em contexto de baixa e média renda, identificar a percepção dos profissionais sobre a capacitação do domínio participação da CIF e redirecionar o olhar de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para a noção de participação em atividades de lazer de crianças com deficiência. Essa mudança pode, potencialmente, facilitar novas implementações baseadas na participação. Introduction: The Participation domain of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF) is defined as involvement in life situations and is considered a human right. It covers elements related to the frequency or diversity of children's participation, involvement, and preferences. These elements work as critical indicators of quality of life for children with disabilities, but they are little used in the clinical practice of rehabilitation professionals. Thinking about broadening the look at aspects related to participation, there is a need to identify barriers and facilitators for implementation, then develop an intervention strategy through Knowledge Translation (CT) to train rehabilitation professionals. Objectives: (i) Write a Scoping Review to identify barriers and enablers for implementing in low-, middle- and upper-middleincome countries; (ii) Identify barriers and enablers to implement the participation domain; (iii) Train professionals in relation to the participation domain and assess the propensity level of professionals to change after training; (iv) Assess the perception of professionals about training in participation. Justification: The implementation of the ICF Participation domain will provide the identification of barriers and facilitators for the implementation and the level of propensity to change of rehabilitation professionals, stimulating the change in the therapeutic dynamics of professionals and better care for families and children with motor disabilities. Methodology: During this study, a scope review was carried out for knowledge of implementation strategies in rehabilitation in low- and middle-income countries, mapping of barriers and facilitators for the implementation and implementation of the ICF participation domain through a mixedmethods approach. In the scope review, 14 studies were identified, 3 of implementation and 11 of mapping. During implementation 27 physiotherapists and occupational therapists participated in four learning sessions facilitated by a knowledge facilitator. Before the intervention, professionals were interviewed through focus groups and through the Organizational Readiness for Change (ORC) tool and focus groups to analyze the level of propensity for change and identify barriers and facilitators for change. After the intervention, professionals were interviewed again through focus groups to assess possible change in practice. Two researchers performed the thematic analysis of the data independently. The study design combines elements of a pragmatic essay and mixedmethods model. Results: In the scope review, individual and organizational barriers and facilitators were observed for implementation in rehabilitation. Individual-level barriers included lack of skills and knowledge, lack of motivation, decision making; and knowledge of the English language. Facilitators included positive attitudes and motivation. Organizational-level barriers included lack of time to access and implement new practices, lack of financial and personal resources, limited access to scientific journals, and applicability of research in rural settings. Facilitators included adequate financial and physical resources, a supportive management environment, continuing education and telerehabilitation. For the mapping of professionals, focus groups were carried out where it was possible to identify individual and organizational barriers and facilitators for implementation in the local context. Before the training, the professionals demonstrated that they had good knowledge of the ICF, but they had low rates of use of the classification in clinical practice. Individual and organizational barriers that could hinder the implementation of participation were identified as negative beliefs of the family and context, difficulty in broadening the view, and service barriers. As facilitators for implementation, the standardization of actions, teamwork and encouragement of the use of the ICF by other categories were mentioned. After the training, the professionals showed an increase in the levels of propensity to change, and satisfaction with the training, inserting the participation domain of the ICF into clinical practice. During implementation, professionals faced barriers of time, routine and work overload; and facilitators related to good team training and personal enhancement. Conclusion: This strategy was effective in identifying barriers and facilitators for implementation in lowand middle-income contexts, identifying the perception of professionals about training in the ICF participation domain and redirecting the look of physical therapists and occupational therapists to the notion of participation in leisure activities for children with disabilities. This change can potentially facilitate new participation-based implementations. |
Databáze: | OpenAIRE |
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