Standin' at the crossroad. For a counter-colonialist cartography
Autor: | Joviano Gabriel Maia Mayer |
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Přispěvatelé: | Natacha Silva Araújo Rena, Antônio Bispo dos Santos (Mestre Nêgo Bispo), Maria Sueli Rodrigues de Souza, Rosângela Janja Costa Araújo (Mestra Janja), Jupira Gomes de Mendonça, Marcela Silviano Brandão Lopes |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2020 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
Popis: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior O presente trabalho parte de saberes encruzados entre teoria e prática ativista cartográfica, tem fundamento assentado na oralidade e se inspira na perspectiva contra-colonialista, como nos ensina Nêgo Bispo. Firma contranarrativas ao colonialismo a partir do modus pedalandi experimentado nos rolezinhos de bike pelos espaços comuns que compõem esta narrativa-confessional-polifônica, fruto de oralidade-transcrita. No percurso, ocupações de moradia, especialmente Dandara; Mofuce (Associação Casa do Estudante); Parque JA (Jardim América); Espaço Comum Luiz Estrela; Santa Tereza e Kilombo Souza. Lutas expressivas e simbólicas no seio da cidade-empresa que fazem de Belo Horizonte um caso interessante à reflexão sobre formas contemporâneas de reexistir e construir alternativas autônomas que possam potencializar o contra-ataque quilombista (Beatriz Nascimento, Lélia Gonzáles e Abdias Nascimento) à supremacia-branca-patriarcal-colonialista (bell hooks). Precedentes importantes no contexto das lutas pelo direito à cidade que revelam outros caminhos possíveis de enfrentamento à desterritorialização colonial inerente à lógica de produção espacial da cidade-empresa. A reafirmação do projeto colonialista, com seus golpes materiais e simbólicos, aliada ao fascismo instaurado no Brasil, nos cobra uma postura de transgressão, compromisso, ousadia e criatividade para produzir inéditos viáveis (Paulo Freire) e superar esta situação limite caracterizada pelo genocídio dos povos afropindorâmicos (necropolítica, epistemicídio) e destruição ambiental. Trata-se, portanto, de uma (co)investigação que busca fabular sobre o como fazer? Como reexistir cartograficamente, especialmente em tempos de guerrilha de bisturi e desencantamento. Para tanto, o texto se abre à livre-experimentação, compartilhamentos e atravessamentos por vozes e saberes ancestrais a partir de conversas transcritas com Pai Ricardo de Oxóssi (Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente/MG), Sarah Marques (Caranguejo-Tabaiares/PE), Glaucia Cristine (Kilombo Souza/MG) e Nêgo Bispo (Kilombo Saco-Curtume/PI). Compõem ainda estes manuscritos outros formatos orais, tais como entrevistas, palestra, texto-performance, carta, poesia. É preciso ter esperança e manter o axé elevado. As crises sempre abrem oportunidades, frestas por onde podemos gingar (Luiz Rufino), praticar cruzos (Muniz Sodré), engajamento como tarefa-amor (Conceição Evaristo) e transgressão para reescrever o futuro e alcançar a verdadeira independência. A encruzilhada é o umbigo do mundo. Por isso, partimos dela como território de confluência energética (Cidinha da Silva), potência e movimento. This work starts from knowledges crossed by cartographic activist’s theory and practice. It is based on orality and inspired by the counter-colonialist perspective, as Nêgo Bispo teaches. It affirms counter-narratives against the colonialism, working from the modus pedalandi experienced at the rolezinhos de bike (bike rides) throughout common spaces that compose this confessional-polyphonic-narrative, resulting from transcribed orality. Along the way, there are housing squats, especially Dandara; Mofuce (Student House Association); Parque JA (Jardim América); Espaço Comum Luiz Estrela (Luiz Estrela Common Space); Santa Tereza and Kilombo Souza. All of these territories appear as expressive and symbolic fights at the heart of the city-company, which makes Belo Horizonte an interesting case for thinking about contemporary ways of resisting and building autonomous alternatives that can enhance the quilombist counterattack (Beatriz Nascimento, Lélia Gonzáles and Abdias Nascimento) against the white-patriarchal-colonialist supremacy (Bell Hooks). They are also important precedents of the fights for the right to the city, which reveal other possible ways of fighting against the colonial deterritorialization inherent in the spatial production logic of the capitalist city. The reassert of the colonialist project, with its material and symbolical strokes, associated with the fascism established in Brazil, demands a posture of transgression, commitment, boldness and creativity to produce unprecedented feasibles (Paulo Freire) and overcome this extreme situation characterized by the genocide of the Afropindoramic people (necropolitics, epistemicide) and environmental destruction. Is this, therefore, a (co)investigation that seeks how to do it? It is about how to re-exist cartographically, especially in times of scalpel guerrillas and disenchantment. For achieving this goal, the text opens up itself to a free experimentation, sharings and crossings of ancestral voices and knowledges based on transcribed conversations with Pai Ricardo de Oxóssi (Casa de Caridade Pai Jacob do Oriente/MG), Sarah Marques (Caranguejo-Tabaiares/PE), Glaucia Cristine (Kilombo Souza/MG) and Nêgo Bispo (Kilombo Saco-Curtume/PI). This manuscript also contains other oral forms, such as interviews, lectures, text-performance, letter and poetry. It is necessary to have hope and keep high the axé. Crisis always opens spaces for new opportunities, cracks where we can swing (Luiz Rufino), practice intercessions (Muniz Sodré), engagement as a love-task (Conceição Evaristo) and transgression to rewrite the future and achieve real independence. A crossways is the navel of the world. Therefore, we started from this crossway as a territory of energetic confluence (Cidinha da Silva), power and movement. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |