ESCRITA DO EU E INSCRIÇÃO NARCÍSICA EM QUARTO DE DESPEJO:: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus

Autor: Leão, Jacqueline Oliveira
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Trilhas Filosóficas; v. 13 n. 1 (2020): Trilhas Filosóficas: DOSSIÊ FILOSOFIA E MíSTICA; 259-273
Trilhas Filosóficas
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
instacron:UERN
ISSN: 1984-5561
DOI: 10.25244/tf.v13i1
Popis: This study "Writing of the Self and narcissistic inscription inChild of the Dark: The Diary of Carolina Maria de Jesus" proposes to wage a dialogue between Literature and Psychoanalysis through the fictional workChild of the Dark: The Diary of Carolina Maria de Jesusby Carolina Maria de Jesus. The clipping to be given to the analysis focuses mainly on the theoretical-literary issues that come close to the writing of the Self, specifically from the writing named diary and autobiography, and the unfolding of the reading of such productions in the psychoanalytic perspective, more precisely on the theoretical track of Sigmund Freud. Carolina Maria de Jesus uses the writing process, the records of her life suffered in the slum as a way of organizing, that is,the process of writing the diary itself of Carolina reporting to herself: the fantasy of being recognised, the fantasy of being read by the other and by herself. Este estudo, "Escrita do Eu e inscrição narcí­sica em Quarto de despejo: diário de uma favelada", propõe-se a travar um diálogo entre Literatura e Psicanálise, por meio da obra ficcional, Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus. O recorte a ser dado à análise centra-se, sobretudo, nas questões teórico-literárias que se acercam da escrita do eu, especificamente, dos escritos nomeados por diário e autobiografia, e o desdobramento da leitura de tais produções na perspectiva psicanalí­tica, mais precisamente sobre a esteira teórica de Sigmund Freud. Carolina Maria de Jesus recorre ao processo de escrita, aos registros de sua vida sofrida na favela como forma de organizar o próprio pulsional, ou seja, o processo de escrever o diário em si, de relatar a si mesma constitui-se na própria estruturação narcí­sica da autora: a fantasia de ser reconhecida, a fantasia de ser lida pelo outro e por ela mesma.
Databáze: OpenAIRE