Queijo de cabra com extrato de semente de Helianthus annuus (girassol) e cultura nativa de Limosilactobacillus mucosae: Avaliação do potencial funcional e sobrevivência da bactéria lática in vitro
Autor: | LIMA JÚNIOR, D. C. |
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Přispěvatelé: | DÔRIAN CORDEIRO LIMA JÚNIOR. |
Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA-Alice) Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) instacron:EMBRAPA |
Popis: | Resumo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial funcional de queijo elaborado com extrato de sementes de Helianthus annuus (girassol) e cultura nativa potencialmente probiótica de Limosilactobacillus mucosae (cepa CNPC007), comparando-o com um queijo controle produzido sem a cultura potencialmente probiótica. Foram produzidos seis lotes de queijo utilizando extrato de sementes de girassol como coagulante, sendo 3 lotes controle sem o microrganismo potencialmente probiótico e 3 lotes contendo o microrganismo. Foram avaliados os parâmetros viabilidade do microrganismo potencialmente probiótico, sua resistência às condições gastrointestinais in vitro, condições sanitárias através de análises de contaminantes (Escherichia coli, coliformes a 37°C e a 45°C, Salmonella sp., Staphylococcus sp.), acidez titulável, composição centesimal (carboidratos, proteínas, lipídeos, umidade e cinzas), teor de compostos fenólicos, capacidade antioxidante e perfil de proteólise. Os queijos produzidos apresentaram teor proteico médio entre 17,49% e 19,09%, sendo classificados como fontes de proteínas segundo a legislação nacional vigente que determina o mínimo de 10% para alimentos fontes deste nutriente, teor de gordura ao redor de 22% e teor médio de umidade superior a 45,9%, recebendo a classificação de queijos de alta umidade. O queijo produzido com a cultura potencialmente probiótica apresentou viabilidade de L. mucosae superior a 8 log UFC/g durante o período de armazenamento (60 dias a 6 ± 1°C). No teste de resistência gastrintestinal in vitro 16,66% das amostras analisadas no dia 1 de armazenamento apresentaram valor superior a 6 log UFC/g enquanto que nas amostras analisadas no dia 30 e 60 observou-se que 66,66% das amostras apresentaram valor superior a 6 log UFC/g. Não foi encontrada presença de E. coli nem de Salmonella sp. nos queijos e o número de coliformes totais diminuiu durante o armazenamento dos queijos que continham L. mucosae, chegando a zero nos queijos com 60 dias de armazenamento, demonstrando um possível efeito bioconservante da cultura de L. mucosae sobre esses microrganismos indicadores sanitários. Na análise do teor de compostos fenólicos os lotes analisados apresentaram resultados entre 80,97 e 124,71 mg de equivalentes de ácido gálico (Eq AG/100 g) de amostra e 51,49-85,34 mg Eq AG/100g de amostra para os queijos controle e probiótico respectivamente. Na análise da capacidade antioxidante, para a captura de 1 mg de 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH), são necessários 1,289-2,619 g de queijo controle e 1,026-1,480 g de amostra de queijo com L. mucosae. Os queijos apresentaram algumas diferenças com relação às bandas que foram reveladas nos géis de poliacrilamida-dodecil sulfato de sódio das análises de eletroforese (SDS PAGE), sendo mais intensas nos queijos com L. mucosae, mas tendo havido aumento da proteólise ao final do armazenamento nos dois tratamentos avaliados. O queijo produzido através de coagulação vegetal com extrato de H. annuus contendo L. mucosae CNPC007 apresentou-se como uma alternativa como fonte de microrganismos probióticos, além de poder auxiliar na promoção da saúde. [Goat cheese with Helianthus annuus (sunflower) seed extract and native culture of Limosilactobacillus mucosae: Evaluation of the functional potential and survival of lattic bacteria in vitro]. Abstract: The present study aimed to evaluate the functional potential of cheese made with Helianthus annuus (sunflower) seed extract and potentially probiotic native culture of Limosilactobacillus mucosae (CNPC strain 007), comparing it with a control cheese produced without the potentially probiotic culture. Six batches of cheese were produced using sunflower seed extract as a rennet, being 3 control batches without the potentially probiotic microorganism and 3 batches containing the microorganism. The viability of the potentially probiotic microorganism, its resistance to gastrointestinal conditions in vitro, the sanitary conditions through analysis of contaminants (Escherichia coli, coliforms at 37°C and 45°C, Salmonella sp., Staphylococcus sp.), titratable acidity, proximate composition (carbohydrates, proteins, lipids, moisture and ash), phenolic compounds content, antioxidant capacity and proteolysis profile. The cheeses produced had an average protein content between 17.49% and 19.09%, being classified as protein sources according to the current national legislation, which determines a minimum of 10% for foods that are sources of this nutrient, a fat content of around 22%, and an average moisture content higher than 45,9%, being classified as high moisture cheeses. The cheese produced with the potentially probiotic culture showed L. mucosae viability greater than 8 log CFU/g during the storage period (60 days at 6 ± 1°C). In the in vitro gastrointestinal resistance test, 16.66% of the samples analyzed on day 1 of storage presented a value greater than 6 log CFU/g, while in the samples analyzed on day 30 and 60 it was observed that 66.66% of the samples presented a value greater than 6 log CFU/g. No presence of E. coli or Salmonella sp. was observed in the cheeses, and the number of total coliforms decreased during the storage of cheeses containing L. mucosae, reaching zero in cheeses with 60 days of storage, evidencing a possible biopreservative effect of the L. mucosae culture on these sanitary indicator microorganisms. In the analysis of the content of phenolic compounds, the analyzed batches presented results between 80.97 and 124.71 mg of gallic acid equivalents (Eq AG/100 g of sample) and 51.49-85.34 mg Eq AG/100g of sample for the control and probiotic cheeses respectively. In the analysis of the antioxidant capacity, for the capture of 1 mg of 2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl (DPPH), 1.289-2.619 g of control cheese and 1.026-1.480 g of cheese sample with L. mucosae are needed. The cheeses showed some differences with relation the bands that were revealed in the sodium dodecyl sulfate?polyacrylamide gel electrophoresis (SDS PAGE), being more intense in those with L. mucosae, although there was an increase in proteolysis at the end of storage in both treatments. The vegetable rennet cheese produced with H. annuus extract and L. mucosae CNPC007 presented itself as an alternative source of probiotic microorganisms, in addition to being able to help in health promotion. Made available in DSpace on 2022-07-01T15:19:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CNPC-2022-Art12.pdf: 902043 bytes, checksum: 17d59f9fc8cd5f9aa33aed4c552a540f (MD5) Previous issue date: 2022 Dissertação (Mestrado em Ciência Farmacêuticas) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande. Orientador: Flávia Carolina Alonso Buriti; Coorientador: Antônio Silvio do Egito. |
Databáze: | OpenAIRE |
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