The kaleidoscope of health and illness process in the perception of high school teachers of public schools of the city of Cascavel, Paraná, Brazil

Autor: Campos, Terezinha Aparecida
Přispěvatelé: Schroeder , Tania Maria Rechia, Guarnieri, Ivanor Luiz, Bastos, Carmen Celia Barradas Correia
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2018
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
instacron:UNIOESTE
Popis: Submitted by Neusa Fagundes (neusa.fagundes@unioeste.br) on 2018-09-04T18:31:02Z No. of bitstreams: 2 Terezinha_Campos2018.pdf: 1587329 bytes, checksum: 5170d308861e390023668c0a4143ae3b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Made available in DSpace on 2018-09-04T18:31:02Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Terezinha_Campos2018.pdf: 1587329 bytes, checksum: 5170d308861e390023668c0a4143ae3b (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2018-03-23 To understand part of the vast and complex universe of health and illness, it is necessary, first of all, humility to recognize that any study of this theme is partial and provisional. Second of all it is necessary to choose paths and cutouts to approach it. Initially, we sought to contextualize some aspects of the historical, social, economic, political, environmental and cultural moment in which the society finds itself. This contextualization is necessary because health and illness do not represent the same thing for people, since several factors can influence the imaginary of each one. This will depend on the time, on the place in which one lives, as well as on their social relations, on their individual and collective values, on scientific, religious, philosophical and daily conceptions. In this perspective, this study, through exploratory and qualitative field research, has as central objective to apprehend the perception of high school teachers of public schools from the city of Cascavel, Paraná, Brazil, on health and illness process in work. For the data collection, a semi-structured script was used, applied in the form of interviews and, later, the data obtained were grouped and analyzed through the Content Analysis Technique. It is inferred that teachers are exposed to an overload of work activities, double working hours, instability, professional, social and wage devaluation, besides the unhealthy conditions in the work environment. It was found that 66.7% of the teachers interviewed carry out their work activities during the morning and afternoon, and that 53.3% of them have a 40-hour workload per week, which represents an exhaustive working day, also because they are likely to perform other functions that are not tied to teaching, such as housewives, parents, mothers, and spouses. In this context, they often end up falling ill and, consequently, having to go to work even sick. It is so that 100% of respondents say that they have already worked sick. In the health problems reported it is included musculoskeletal disorders, migraines, voice problems, upper respiratory infections, and stress. It is inferred that adverse working conditions resulting from professional devaluation, inadequate physical structure, excess of students in class, double journey and work overload, among others, are causes that lead to the sickness of the teachers. Faced with this complexity that is this kaleidoscope of health and illness process, it was verified that this phenomenon extrapolates the physical and biological body, affecting their mental, social and cultural dimension, perceptible in their relations in the classroom and in their style and quality of life. It is considered that the health and illness process involves objective and subjective characteristics of human being. Thus, when looking at this subject, it is also necessary to consider the context, in which it is inserted, as well as its values, beliefs, senses and perceptions, in order to plan and promote actions aimed at reducing vulnerabilities and health risks in work environment. Para compreender parte do vasto e do complexo universo da saúde e doença é preciso, antes de tudo, humildade para reconhecer que todo é qualquer estudo sobre essa temática é parcial e provisório. É preciso, no entanto, escolher caminhos e recortes para abordá-lo. Inicialmente, buscou-se contextualizar alguns aspectos do momento histórico, social, econômico, político, ambiental e cultural em que a sociedade se encontra. Essa contextualização é necessária em razão de que saúde e doença não representam a mesma coisa para as pessoas, pois que diversos fatores podem influenciar o imaginário de cada um. E isso vai depender da época, do lugar em a pessoa vive, bem como das suas relações sociais, dos seus valores individuais e coletivos, das concepções cotidianas, científicas, religiosas e filosóficas. Nessa perspectiva, este estudo, por meio da pesquisa de campo, de cunho exploratório e qualitativo, teve o objetivo central de conhecer a percepção dos professores do ensino médio dos colégios públicos do município de Cascavel/PR sobre o processo de saúde e doença no cotidiano do trabalho. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro semiestruturado, aplicado na forma de entrevistas e, posteriormente, os dados obtidos foram agrupados e analisados por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Infere-se que os professores estão expostos a uma sobrecarga de atividades laborais, dupla jornada de trabalho, instabilidade e desvalorização salarial, profissional, social, além de condições insalubres nos locais de trabalho. Constatou-se que 66,7% dos professores entrevistados exercem suas atividades laborais nos períodos da manhã e tarde, e que 53,3% deles arcam com uma carga laboral semanal de 40 horas, o que representa uma jornada de trabalho exaustiva, pois eles exercem outras funções que não estão vinculadas à docência, como donas de casa, pais, mães e cônjuges. Diante desse contexto, os professores adoecem devido uma conjunção de fatores, e consequentemente, tendo que desenvolver as atividades laborais doentes. Tanto assim é que 100% dos entrevistados afirmam que já trabalharam doentes. E dentre os problemas de saúde relatados estão as doenças de ordem musculoesqueléticas, enxaquecas, problemas na voz, infecções das vias aéreas superiores e estresse. Infere-se que as condições de trabalho adversas resultantes da desvalorização profissional, da estrutura física inadequada, do excesso de alunos em sala, da dupla jornada e da sobrecarga de trabalho, entre outros, são causas que levam ao adoecimento dos professores. Diante dessa complexidade, ou seja, desse caleidoscópio do processo de saúde e doença, constatou-se que esse fenômeno extrapola o corpo físico e biológico, afetando sua dimensão mental, social e cultural, perceptíveis em suas relações em sala da de aula e em seu estilo e qualidade de vida. Considera-se que o processo de saúde e doença envolve características objetivas e subjetivas do ser humano. Assim, portanto, ao olhar para esse sujeito é necessário ponderar também o contexto em que está inserido, bem como, seus valores, crenças, sentidos e percepções, para então planejar e promover ações que visem à redução de vulnerabilidades e de riscos à saúde no ambiente de trabalho.
Databáze: OpenAIRE