Modelos alternativos de financiamento ao desenvolvimento de produtos no setor farmacêutico

Autor: Luiza Pinheiro Alves da Silva
Přispěvatelé: Márcia Siqueira Rapini, Gabriela Costa Chaves, Jorge Antonio Zepeda Bermudez, Marco Antônio Vargas, Pedro Guatimosim Vidigal, Allan Claudius Queiroz Barbosa
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFMG
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
Popis: CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior O problema foco desta tese é a incompatibilidade entre os determinantes para inovação no sistema setorial de inovação farmacêutico e o acesso a medicamentos, elemento fundamental do direito humano à saúde. Do lado econômico, o estímulo à inovação se dá por meio de garantia de apropriabilidade, principalmente por meio de monopólios; pelo financiamento público as atividades inovativas, de modo a estimular o investimento privado; e pela demanda e estimativa de retorno financeiro, que está vinculada a renda do público consumidor. Do lado social, o reconhecimento de direitos humanos universais determina que a saúde é indissociável do direito à vida, todavia, ele é dependente de um mercado caracterizado por diversas falhas, que fazem com que o acesso a tecnologias de saúde seja extremamente desigual entre os países e dentro dos mesmos. A inovação farmacêutica está na interface entre estas dimensões, já que os medicamentos são ao mesmo tempo um produto de alto valor agregado, proveniente de uma das indústrias mais lucrativas do mundo e uma tecnologia indispensável para o cuidado. O financiamento é um dos determinantes para a inovação no setor e também um dos principais gargalos. Esse problema vem sendo discutido a quase duas décadas nos foros internacionais multilaterais, em especial a OMS. Foi feita uma análise do sistema de inovação farmacêutico atual, das discussões na OMS sobre o assunto e das iniciativas implementadas por este órgão para Covid-19. Observou-se o surgimento de novos atores no setor, tais como parcerias para o desenvolvimento produtivo e financiadores sem fins lucrativos. Todavia, mesmo com a disrupção significativa causada pela pandemia, a dinâmica de funcionamento do sistema setorial de inovação farmacêutico permaneceu inalterada, privilegiando critérios econômicos e não de saúde pública, e os países de alta renda, de onde se originam as grandes empresas multinacionais globais. Com isso, manteve-se o acesso desigual a medicamentos e outras tecnologias de saúde. Apesar de haver propostas e diretrizes para o enfrentamento deste problema conciliadas nos foros internacionais que tratam da saúde, a implementação prática dos mecanismos não é suficiente. É preciso reorientar o sistema de inovação farmacêutico e seus determinantes neste sentido, para que se estabeleça um novo paradigma. The focus problem of this thesis is the incompatibility between the determinants for innovation in the pharmaceutical innovation sector system and access to medicines, a fundamental element of the human right to health. On the economic side, the stimulus to innovation takes place through the guarantee of appropriation, mainly through monopolies; by public financing as innovative activities, in order to stimulate private investment; and by demand and estimated financial return, which is linked to consumer income. On the social side, the recognition of universal human rights determines that health is inseparable from the right to life, however, it is dependent on a market characterized by several flaws, which make access to health technologies extremely unequal between countries and within them. Pharmaceutical innovation is at the interface between these dimensions, as medicines are at the same time a product with high added value, coming from one of the most profitable industries in the world and an indispensable technology for healthcare. Financing is one of the determinants for innovation in the sector and one of the main bottlenecks. This problem has been discussed for nearly two decades in international multilateral forums, especially the WHO. An analysis was made of the current pharmaceutical innovation system, the WHO discussions on the subject and the initiatives implemented by this body for Covid-19. The emergence of new actors in the sector was observed, such as partnerships for product development and non-profit financiers. However, even with the disruption caused by the pandemic, the working dynamics of the pharmaceutical sectoral innovation system remained unchanged, privileging economic rather than health criteria, and high-income countries, from which originate the large global multinational companies. As a result, unequal access to medicines and other health technologies was maintained. Although there are proposals and guidelines reconciled in the international health forums for dealing with this problem, the implementation of mechanisms is not sufficient. It is necessary to reorient the pharmaceutical innovation system and its determinants in this sense, so that a new paradigm can be established.
Databáze: OpenAIRE