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Toda filosofia incorpora e representa uma determinada concepção de mundo que para sua própria vivacidade necessita constantemente se debruçar sobre as demais para demonstrar a sua validade. É com essa pretensão que serão analisadas as filosofias de Heidegger e Skovsmose, as confrontando a partir da questão da técnica/tecnologia e da sua relação com a educação matemática. Consequentemente, se procurará demonstrar a importância de uma ontologia em Educação Matemática Crítica, e que essa ontologia não pode ser a de Heidegger. O referencial lukacsiano guiará a crítica à Heidegger e possibilitará a conclusão de que uma abordagem ontológica para a Educação Matemática Crítica deve levar em consideração a gênese histórico-social do Ser social que ensina e aprende matemática superando a imediaticidade e a manipulabilidade da vida cotidiana, assim como tomar a categoria ontológica da totalidade em relação dialética com a singularidade; a esta abordagem Lukács (2013) denomina de método de “duas vias”. |