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The perception of emotional faces is crucial in our everyday social interactions. Some studies have shown an association between the perception of emotional faces and schizotypal traits, a personality structure that resembles the positive, negative, and disorganized symptoms of schizophrenia. However, despite faces being constantly in motion in the real world, most studies still use static emotional faces. Additionally, there is evidence that it is possible to anticipate the immediate emotional state of others based on the perceptual history of their facial expressions. This “emotional anticipation” can be explained by a perceptual phenomenon named representational momentum (RM), in which the offset of a dynamic event is systematically displaced forward, into the immediate future. In this study, we aimed to investigate the effects of schizotypal traits on emotional anticipation for dynamic emotional faces, by taking advantage of the RM framework. Healthy individuals performed a probe judgment task with a set of avatar faces changing from a fully angry or happy expression towards an ambiguous expression. Each dynamic face was followed by a probe depicting the same expression as the final picture of the sequence (ambiguous) or one slightly changed to greater happiness/anger. Participants indicated if the probe was equal to, or different from, the final picture of the sequence. Participants were divided into two groups by median split of the Schizotypal Personality Questionnaire (SPQ). Dependent variable was the direction of bias, calculated as the weighted mean of the proportion of equal responses, with positive values indicating forward bias (or RM). We hypothesized that high SPQ group would show a stronger RM than low SPQ, particularly for Happy-to-Ambiguous faces, in line with an increased tendency to perceived threat in ambiguous stimuli in the psychotic-continuum. Results showed no effect of SPQ and, therefore, our hypothesis was not supported. This may indicate that schizotypal traits are not associated with an exaggerated emotional anticipation. Still, our results should be interpreted with caution due to the recruited sample and use of self-report measures. Future studies are needed to understand if RM for dynamic emotional faces is intact across the psychotic-continuum (including in schizophrenia) or solely at a subclinical level. A perceção de faces emocionais é crucial nas nossas interações sociais quotidianas. Alguns estudos demostraram uma associação entre a perceção de faces emocionais e traços esquizotípicos, uma estrutura de personalidade que se assemelha aos sintomas positivos, negativos e desorganizados da esquizofrenia. No entanto, apesar das faces estarem constantemente em movimento no mundo real, a maioria dos estudos ainda utiliza faces emocionais sem movimento. Além disso, existem evidências de que é possível antecipar o estado emocional imediato dos outros com base na história preceptiva das suas expressões faciais. Essa “antecipação emocional” pode ser explicada por um fenômeno percetual denominado de Momento Representacional (MR), no qual o deslocamento de um evento dinâmico é sistematicamente deslocado para frente, para o futuro imediato. Neste estudo, o nosso objetivo foi investigar o efeito dos traços esquizotípicos na antecipação emocional em faces emocionais dinâmicas, tendo por base a literatura sobre o RM. Indivíduos saudáveis realizaram uma tarefa de julgamento de um conjunto de faces dinâmicas de avatares, que começavam com uma expressão totalmente raivosa ou alegre para uma expressão ambígua. Cada face dinâmica foi seguida por uma sonda representando a mesma expressão da imagem final da sequência (ambígua) ou uma levemente alterada para maior alegria/raiva. Os participantes indicaram se a sonda era igual ou diferente da imagem final da sequência. Os participantes foram divididos em dois grupos pela mediana do Questionário de Personalidade Esquizotípica (QPE). A variável dependente foi a direção do viés, calculada como a média ponderada da proporção de respostas iguais, com valores positivos indicando viés positivo (ou MR). Nós hipotetizámos que o grupo com pontuações superiores no QPE mostraria um MR maior do que o grupo com pontuações menores no QPE, particularmente para faces que variavam de alegres para ambíguas, sugerindo uma perceção enviesada de ameaça em estímulos ambuíguos no contínuo psicótico. Os resultados não mostraram efeito do QPE e, portanto, a nossa hipótese não foi suportada. Isso pode indicar que os traços esquizotípicos não estão associados a uma antecipação emocional exagerada. Ainda assim, os nossos resultados devem ser interpretados com cautela devido à amostra recrutada e ao uso de medidas de autorrelato. Estudos futuros são necessários para entender se o MR para faces emocionais dinâmicas está intacto em todo o continuum psicótico (inclusive na esquizofrenia) ou apenas a um nível subclínico. Mestrado em Psicologia da Saúde e Reabilitação Neuropsicológica |