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Dissertação de Mestrado apresentado no ISPA – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia da Saúde. Introdução: A Ingestão Compulsiva e o Síndrome de Burnout podem ter origem no stress e ansiedade laboral. Estudos mostram que indivíduos que apresentem sintomas de ingestão compulsiva, têm uma produtividade inferior a indivíduos sem este tipo de comportamento. Adicionalmente, indivíduos que manifestem sintomas de burnout e baixa satisfação no trabalho, exibem, consequentemente, falhas na produtividade. O objetivo deste estudo é perceber se a ingestão compulsiva, o burnout e a satisfação no trabalho têm impacto na produtividade laboral, em adultos profissionalmente ativos. Método: No total 353 indivíduos (272 mulheres), com uma idade média de 38,68 anos (DP=13,647), preencheram um questionário sociodemográfico, a Binge Eating Scale, o Oldenburg Burnout Inventory e o Health and Work Questionnaire. Usou-se o AMOS para a construção do modelo estrutural. Resultados: O modelo estrutural revelou um ajustamento aceitável (𝜒²/df=2,615;CFI=0,838;TLI=0,827;RMSEA=0,068). A ingestão compulsiva (p=0,958), o sexo (p=0,827) e as habilitações literárias (p=0,449) não impactam significativamente a produtividade. Diferentemente, a satisfação com o trabalho (β=0,16;p=0,004), a idade (β=-0,25;p≤0,001) e o burnout (β=-0,284;p≤0,001) tiveram um efeito significativo. Conclusão: Ao contrário do que a literatura evidencia, a ingestão compulsiva não tem impacto significativo na produtividade. O burnout e a satisfação com o trabalho, seguem a literatura e provam ter impacto significativo na mesma. Em estudos futuros, é necessário explorar outros padrões disfuncionais do comportamento alimentar na produtividade. Introduction: Binge Eating and Burnout Syndrome can originate in stress and in anxiety. Studies show that individuals with binge eating symptoms, are less productive than individuals without this type of behaviour. Additionally, indivíduals presenting burnout symptoms and low work satisfaction, produce less. The aim of this study is to assess if binge eating, burnout and work satisfaction impact work productivity, in professionally active adults. Method: A total of 353 indivuduals (272 women), with na average age of 38,68 years (DP=13,647), filled in a sociodemographic questionnaire, the Binge Eating Scale, the Oldenburg Burnout Inventory and the Health and Work Questionnaire. AMOS and SPSS were used to analyse the data. Results: The structural model displayed na acceptable fit (𝜒²/df=2,615;CFI=0,838;TLI=0,827;RMSEA=0,068). Binge eating (p=0,958), gender (p=0,827) and educational qualifications (p=0,449) do not impact significantly work productivity. On the other hand, work satisfaction (β=0,16;p=0,004), age (β=-0,25;p≤0,001) and burnout (β=-0,284;p≤0,001) showed a significant impacto n work productivity. Conclusion: Contrary to what literature shows, binge eating does not have a significant impact on work productivity. Burnout and work satisfaction follow the literature and prove to have a significant impact on work productivity. In future studies, it’s necessary to explore other dysfunctional patterns of eating behaviour on work productivity. |