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O conhecimento atual da população sobre os alimentos pré-fritos pode ser determinante nas preferências de preparação e na frequência do consumo destes alimentos. O consumo dos alimentos processados panados aumentou consideravelmente nos últimos anos, devido principalmente à sua conveniência e disponibilidade. Verifica-se que esta mudança no padrão alimentar tem sido acompanhada de intensos aumentos na prevalência de doenças crónicas. O processo de produção industrial destes alimentos normalmente inclui uma etapa de pré-fritura, onde ocorrem mudanças significativas na composição de macronutrientes destes alimentos, já que durante a fritura, a gordura/óleo é absorvida. Ainda, dependendo do método de confeção utilizado pelo consumidor, as características sensoriais e a composição nutricional destes alimentos podem ser afetadas. Desta forma, pretendeu-se avaliar a perceção do consumidor em relação à preparação e ao consumo de alimentos pré-fritos através da aplicação de um questionário online. O mesmo foi desenvolvido através da plataforma Google®, que permitiu a sua difusão através de um link. Este link foi partilhado por e-mail e pela rede social Facebook®. Foram inquiridos 185 indivíduos, maioritariamente do género feminino (80,5%) e constatou-se que os consumidores preferem a confeção no forno (58%), em detrimento da fritura (39,5%), o que será vantajoso em relação a diminuição do consumo de gordura total. Observou-se ainda que o tipo de gordura mais frequentemente utilizada na confeção pelo processo de fritura destes alimentos é o óleo (61,7%), mais precisamente o de girassol (50,8%) e o alimentar (44,6%). Em relação à sua reutilização na confeção, 36,4% dos participantes reutilizam o óleo até 2 vezes e apenas 6,8% reutilizam mais de 4 vezes. Os resultados obtidos realçam a importância deste tipo de questionários, porque demonstram que as iniciativas que têm sido realizadas para a consciencialização da população estão a ser eficazes, mas que ainda podem vir a melhorar. É necessário continuar a tomar medidas que permitam a promoção da literacia em saúde, procurando potenciar e criar, desta forma, mais e novas oportunidades de ativação de comportamentos saudáveis. Trabalho financiado pelo INSA, I.P. (projeto PTranSALT-2012DAN828) e UID/QUI/50006/2019 com financiamento FCT/MCTES através de fundos nacionais. info:eu-repo/semantics/publishedVersion |