Avaliação da exequibilidade de um estudo de efetividade da vacina antigripal contra casos graves de gripe, na época 2015-16, em Portugal: o projeto EVA Hospital

Autor: Gómez, Verónica, Gomes, Victor, Poças, José, Côrte-Real, Rita, Peres, Maria João, Rodrigues, Ana Paula, Machado, Ausenda, Nunes, Baltazar
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2017
Předmět:
Popis: Introdução/Objetivo do trabalho: O projeto EVA Hospital é a componente portuguesa do estudo multicêntrico europeu I-MOVE+ (Integrated Monitoring of Vaccines Effects in Europe) e pretende obter estimativas da efetividade da vacina antigripal (EVA) contra gripe confirmada laboratorialmente em doentes com 65 e mais anos hospitalizados com infeção respiratória aguda grave (SARI). Na época 2015-16 este estudo teve como objetivo avaliar a exequibilidade da sua implementação em Portugal. Material e Métodos: Participaram no estudo o Centro Hospitalar de Setúbal e o Centro Hospitalar de Lisboa Central. Os doentes com SARI foram identificados no serviço de urgência e recrutados nas enfermarias participantes no estudo. Utilizou-se um delineamento caso controlo teste-negativo, onde os casos, doentes com SARI com diagnóstico laboratorial positivo para vírus da gripe, foram comparados com os controlos negativos para gripe. A informação epidemiológica foi obtida pelo médico através de questionário com consulta de processo clínico e dos dados na Plataforma de Dados de Saúde (PDS). O diagnóstico laboratorial foi efetuado por Multiplex/RT-PCR em exsudado da nasofaringe pelos laboratórios dos centros hospitalares. Resultados: Foram recrutados 81 indivíduos com SARI, dos quais 52 tinham critérios de inclusão. Não se verificaram valores omissos na informação sociodemográfica e nas datas de internamento/alta, início de sintomas e colheita de exsudado. A utilização da PDS foi fulcral para o reduzido número de omissos quanto à toma da vacina antigripal (2,5%) e data (21%). Foram identificados 16 casos de gripe (87,5% do subtipo A(H1)pdm09 e 6,3% do tipo B) e 36 controlos. Na comparação de casos e controlos, foram encontradas diferenças significativas quanto à toma de antivirais (mais frequente nos casos – 62,5% vs 8,3%) e cancro hematológico (mais prevalente nos casos – 12,2% vs 0%). A cobertura da vacina antigripal foi de 41,7% nos controlos, face a 18,8% nos casos, indicando o efeito protetor da vacina, apesar de estatisticamente não significativo. Conclusões: Verificou-se que é exequível implementar um estudo desta tipologia em contexto hospitalar, sendo possível recrutar doentes com SARI, com informação com qualidade, em particular no que respeita à toma e data da vacina antigripal. Os resultados indicam que a cobertura da vacina antigripal nos controlos é superior à cobertura nos casos, resultado a favor da hipótese de proteção da vacina sazonal 2015-2016. info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Databáze: OpenAIRE