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Comunicação apresentada no XXV Encontro da AULP, 15-17 de julho de 2015, Cidade da Praia, Cabo Verde O objetivo desta apresentação é dar a conhecer o que o Instituto Politécnico de Setúbal, IPS, tem realizado para enfrentar os constrangimentos que foram surgindo no Ensino Superior, ES, bem como a estratégia que pretende implementar no futuro. O Processo de Bolonha trouxe mudanças profundas no panorama educacional do ES, como por exemplo a abertura à equidade e à diversidade de públicos não-tradicionais que podem ingressar no ES e um reforço da aprendizagem ao longo da vida. Em 2006 surge a legislação que permite a entrada de indivíduos Maiores de 23 anos nas Instituições de ES, M23, substituindo os antigos exames ad-hoci, sendo que o IPS foi, desde o início, uma das instituições que mais estudantes M23 conseguiu captar, muitos deles trabalhadores estudantes, tendo por isso implementado várias medidas para se adequar este novo público que chegou ao ES de uma forma mais expressiva (EUROSTAT. (2009). Por outro lado, as dificuldades financeiras que Portugal tem passado, influenciaram significativamente o prosseguimento de estudos de muitos estudantes portugueses. Paralelamente, com a vinda de estudantes da CPLP ao abrigo de várias parcerias, constatou-se que muitos deles não possuíam a estrutura económica e social que lhes permitam a conclusão dos ciclos de estudos. Esta situação, pode ser agravada com a aprovação do Estatuto do Estudante Internacional, em 2014, que fez com que o valor das propinas aumentasse significativamente para a maioria dos estudantes provenientes dos países da CPLP. Assim, o Serviço de Ação Social do IPS, SAS/IPS, que tem como principal objetivo proporcionar as melhores condições de estudo aos estudantes, sobretudo aos carenciados, para além de disponibilizar os apoios diretos, teve necessidade de introduzir programas específicos, como o Programa de Atribuição de Apoios Sociais, PAAS/IPS, em 2010, destinado a apoiar estudantes que, por motivos diversos, não podem beneficiar da concessão de bolsas de estudo atribuídas ao abrigo da legislação em vigor, nomeadamente os estudantes da CPLP. Outra estratégia do IPS para tentar captar mais estudantes, passou pela lecionação dos Cursos de Especialização Tecnológica (CET), cursos pós-secundários, e desde este ano, pela criação 2 de Cursos de Técnico Superior Profissional, CTeSP, cursos superiores, não conferentes de grau, de cariz profissionalizante, com a duração de 2 anos (120 ECTS), que incluem um estágio em contexto real de trabalho. O IPS espera que, com as medidas, algumas já em ação e outras que serão implementadas já em setembro de 2015, consiga responder aos desafios que se colocam ao ensino superior português. |