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O setor da saúde ocupa um lugar fundamental na nossa sociedade e tem assumido cada vez uma maior importância na economia, uma vez que, neste momento, a saúde é vista como um sistema, com uma organização específica a diversos níveis de intervenção, apresentando não só objetivos e métodos de avaliação específicos, como também, modelos racionais de gestão. Nos últimos anos os sistemas de saúde dos países ocidentais caracterizaram-se por um contexto de reformas permanentes com o intuito de dar resposta a uma pressão imposta pelos novos desafios emergentes, cada vez mais globais e complexos. Certamente, não existem modelos ideais de financiamento em saúde, contudo é clara a necessidade de os conhecer e debater. Assim, com o desenvolvimento do presente estudo sobre o financiamento da saúde, baseado em dois países com modelos de financiamento diferentes como Portugal e a Suíça, pretendeu-se contibuir para o conhecimento sobre um dos temas centrais no âmbito da sustentabilidade do setor da saúde. As pesquisas realizadas e os resultados obtidos evidenciam claramente que os modelos de financiamento têm repercussões diretas na eficiência hospitalar e na equidade de acesso aos cuidados de saúde, verificando-se que ao longo do tempo as reformas implementadas, nos dois países, tal como a evolução do modelo de financiamento, a responsabilização da gestão e a empresarialização dos hospitais tiveram resultados positivos na gestão dos gastos e no aumento da eficiência hospitalar. Contudo, as reformas vão ser sempre necessárias para adaptar o sistema de saúde aos desafios futuros, sendo a escolha dos modelos de financiamento e a forma como são implementados fatores decisivos na obtenção de resultados. |