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Os profissionais de saúde têm sido confrontados nos últimos anos com profundas mudanças, fruto das reformas e alterações legislativas neste setor. Estas alterações impuseram uma maior flexibilidade, uma melhor capacidade de resposta às exigências dos utentes e uma maior racionalidade dos custos, associada quase paradoxalmente, a um requisito de melhoria da qualidade. Os enfermeiros vêem-se confrontados na sua prática diária com uma menor afetação de recursos e com uma maior pressão para a rentabilidade e produção, conduzindo a condições de trabalho que ficam aquém das suas expectativas e que dificultam o desenvolvimento do seu potencial. Estas situações têm seguramente repercussões na relação estabelecida com a organização. Meyer e Allen (1997,1991) desenvolvem o “Modelo das Três-Componentes” que avalia o empenhamento dos indivíduos nas organizações através de escalas referentes às componentes, afetiva, calculativa e normativa. Objetivos: Analisar o empenhamento afetivo, calculativo e normativo, e a sua relação com as variáveis sócio demográficas. Analisar as relações entre as componentes, afetiva, calculativa e normativa do empenhamento organizacional. Método: Estudo de natureza quantitativa, transversal e analítica. Aplicada a Escala de Comprometimento Organizacional de Meyer e Allen (1997), a uma amostra de conveniência constituída por 161 enfermeiros. A análise estatística dos dados foi efetuada através do software estatístico IBM® SPSS® Statistics 19. Resultados: Todos os itens são avaliados a partir de uma escala de Likert de sete pontos, considerando se o ponto de corte no valor 3,5. A componente afetiva apresenta média de 4,65; a calculativa 4,57 e a normativa 3,68. Não existem diferenças estatisticamente significativas entre as características sociodemográficas face a qualquer das componentes do empenhamento organizacional. O empenhamento afetivo encontra se positivamente correlacionado com o empenhamento normativo (r=0,569; p |