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A escassez de enfermeiros em Serviços de Urgência é um problema atual e afeta diretamente o Serviço Nacional de Saúde. Ambientes de Prática de Enfermagem desfavoráveis surgem, na bibliografia, associados a elevadas taxas de rotatividade e respetivo comprometimento da qualidade dos cuidados prestados, condicionando o desempenho das organizações de saúde. Os gestores de saúde devem, assim, perceber quais os fatores que podem mitigar este problema e desenvolver estratégias capazes de reter enfermeiros. Para melhor estudar este fenómeno, definiu-se como questão de investigação: “Qual a relação entre o Ambiente de Prática de Enfermagem e a Intenção de Saída dos Enfermeiros dos Serviços de Urgência Hospitalares?”, tendo-se desenvolvido um estudo do tipo quantitativo, observacional/descritivo, transversal, que utilizou como instrumento de colheita de dados, a escala de Intenção de Turnover e a escala de Ambiente de Prática de Enfermagem NWI-R-PT. Estas escalas foram aplicadas entre os meses de fevereiro e abril de 2022, obtendo-se uma amostra de 63 enfermeiros, com uma média de idades de 32 anos, pertencentes aos Serviços de Urgência pediátrico e geral. Os resultados obtidos neste estudo mostram que os enfermeiros destes Serviços de Urgência, avaliam, globalmente, os seus Ambientes de Prática de Enfermagem como favoráveis, observando-se uma percentagem baixa de intenção de saída. Mesmo assim, na análise dos dados, foi encontrada uma correlação significativa entre a intenção de saída e a idade (p < 0,05), associando, assim, os enfermeiros mais novos, com menor tempo de experiência profissional e tipo de vínculo mais instável a uma maior percentagem na intenção de saída. Estes mesmos enfermeiros identificam, ainda, a dimensão do desenvolvimento profissional como sendo a menos favorável em termos de Ambiente de Prática de Enfermagem nos Serviços de Urgência The shortage of nurses in Emergency Services is a current problem and directly affects the National Health Service. In the bibliography, unfavorable Nursing Practice Environments appear to be associated with high turnover rates and respective impairment of the quality of care provided, conditioning the performance of health organizations. Health managers must understand which factors can mitigate this problem and develop strategies to retain nurses. In order to better study this phenomenon, the following research question was defined: “What is the relationship between the Nursing Practice Environments and the Intention of Nurses to Leave Hospital Emergency Services?” having developed a quantitative, observational/descriptive, cross-sectional, used the turnover intention scale and the Nursing Practice Environments NWI-R-PT scale as data collection instruments. These scales were applied between February and April 2022, obtaining a sample of 63 nurses with an average age of 32 years belonging to the pediatric and general Emergency Services. The results of this study show that the nurses of these Emergency Services, globally, evaluate their Nursing Practice Environments as favorable, observing a low percentage of intention to leave. The data analysis found a significant correlation between the intention to leave and age (p < 0.05), thus associating younger nurses with less professional experience and a more unstable type of bond with a higher percentage of intention to leave. These same nurses also identify the dimension of professional development as being the least favorable in terms of Nursing Practice Environments in the Emergency Services. |