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Esta dissertação tem como principal objetivo estudar a influência de fatores de Corporate Governance, um fator ambiental, características específicas das empresas e variáveis macroeconómicas na performance das empresas cotadas na Euronext Lisbon e na Madrid Stock Exchange. Para alcançar o objetivo proposto, foi analisada uma amostra composta por um total de 74 empresas ibéricas, para o período compreendido entre 2015 e 2020. A metodologia utilizada para testar as hipóteses formuladas foi o modelo de dados em painel, especificamente o método de estimação GMM (Generalized Method of Moments) desenvolvido por Arellano e Bover (1995) e Blundell e Bond (1998). Os resultados obtidos, mostram genericamente que, as variáveis com impacto na performance das empresas variam consoante a variável de performance empresarial utilizada e consequentemente de acordo com os interesses de cada um dos diferentes stakeholders. Os resultados enfatizam ainda as nefastas consequências da crise provocada pela COVID-19, em todas as medidas de performance. Ao mesmo tempo, os resultados sugerem a necessidade de os gestores utilizarem mecanismos menos lícitos que permitam ultrapassar a imensa burocracia existente, com índices de corrupção elevados, para aumentar o desempenho. O efeito negativo da diversidade de género no conselho de administração sugere que os gestores e acionistas não avaliam positivamente a presença das mulheres nos Conselho de Administração. Talvez porque não acreditam no seu valor dada a aversão ao risco e decisões demasiado ponderadas que não acrescentem valor, ou pela imposição de quotas, motivada por leis e pressões sociais, o impacto do género no desempenho é negativo (tanto medido através do ROA como do ROE). A independência do Conselho de Administração é crucial na visão dos acionistas para gerar rendibilidade (medida através do ROE), no entanto na ótica dos potenciais investidores, estes não acreditam que a independência ajude na criação de oportunidades de crescimento (Q Tobin). Por fim, o esforço de assumir a responsabilidade ambiental empresarial é valorizado tanto por acionistas como sociedade civil e potenciais investidores. |