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Analisando o caso português desenvolvido pela Junta de Colonização Interna por contraposição ao caso espanhol do Instituto Nacional de Colonização, encontram-se de imediato várias diferenças e outras tantas semelhanças. Uma utopia agrária comum em que obras hidráulicas e novas técnicas agrícolas associadas à fixação de populações, serviam a política de estados totalitários em que a ruralização do proletariado, mas também a sua transformação em pequenos proprietários fazia parte da agenda dos respetivos regimes. Isto não impediu uma modernização da paisagem e espaço rural em vastas regiões espanholas e, em menor escala, portuguesas. Em Espanha, a colonização efetiva-se com base em pueblos de colonizacion, isto é, núcleos de povoamento concentrado, com regras claras de organização urbana. Em Portugal, as soluções de colónias agrícolas são mais diversificadas e marcadas por implantação mais dispersa, se bem que a experiência tenha acabado por levar à opção de maior concentração. Estas escolhas refletem-se no programa e na forma da casa e na maior ou menor interseção com as referências vernaculares, as soluções com implicações sociais para novos bairros urbanos e os debates nacionais e internacionais sobre habitação mínima e da habitação rural. Considerando a habitação elemento chave no processo de colonização interna, a leitura que se pretende propor passa por tópicos de reflexão, com base nos exemplos em pueblos da província de Cáceres e em colónias agrícolas portuguesas: • Nível de influência da referência vernacular no programa funcional e na linguagem formal • Relação entre tipo de povoamento e soluções arquitetónicas (habitação de carácter mais ou menos urbano/rural) • Relação entre casa, lote e território • Tipologias da habitação mínima e soluções evolutivas face ao alargamento da família nuclear do colono • Ligação das soluções ibéricas a experiências europeias a decorrer em simultâneo • Níveis de modernidade das soluções encontradas • Modos de apropriação do espaço e realidade atual • Habitação das colónias e pueblos como património moderno a preservar info:eu-repo/semantics/publishedVersion |