Permissão para atacar : como melhorar a cibersegurança de Portugal através de um programa de Bug Bounty governamental

Autor: Elias, Luís, Lapão, Luís Velez, Florêncio, Rui, Fernandes, José Pedro Teixeira, Rodrigues, Domingos, Bessa, Fernando, Malheiro, Luís, Reis, Bruno Cardoso
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Popis: Face à situação de emergência global provocada pela disseminação do vírus COVID-19, declarada pela Organização Mundial de Saúde, é patente que as organizações internacionais, os Estados, as instituições públicas e privadas e os cidadãos foram surpreendidos pelos seus efeitos nas diferentes sociedades. Os anos de 2020 e 2021 têm sido caraterizados pela adoção de sucessivas medidas em termos globais e nacionais, visando mitigar os efeitos da pandemia, as quais, têm provocado efeitos profundos em termos socioeconómicos e políticos. Refletimos sobre o enquadramento político-institucional da gestão de crises em Portugal e sobre o edifício jurídico que resultou de um processo evolutivo, o qual, criou algumas áreas de complementaridade, mas muitas também de sobreposição e de atomização. Nesse sentido, refletimos sobre a necessidade de consolidar uma abordagem transversal, transdisciplinar, multi-institucional e coordenada entre o MNE, MDN, MAI, MJ, Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério das Finanças. A gestão de crises cada vez mais complexas e marcadas pela incerteza implica abordagens holísticas que confiram maior resiliência e preparação às sociedades, assim como aproveitem o conhecimento e experiência acumulados em termos institucionais e pessoais. Aspetos igualmente fundamentais são a necessidade de criação de mecanismos de direção estratégica e de comando e controlo mais coerentes que ultrapassem entropias, prestando assim um melhor serviço à comunidade e aos cidadãos. Com o aumento da complexidade das sociedades humanas, o impacto resultante de situações de crise pode ser muito significativo, sobretudo tendo em conta a história de situações passadas. Como se viu com a Pandemia do COVID-19, muitas destas situações transformaram-se em situações de risco à segurança nacional. O planeamento, a comunicação e a preparação são cruciais, bem como o uso adequado das tecnologias de informação e apoio à decisão. Perante o risco de ameaças, sobretudo aquelas às quais Portugal é vulnerável, é necessária uma maior articulação entre as autoridades nacionais e as comunidades de especialistas. Neste artigo explorar-se-á como se podem criar lideranças capacitadas para a ação ágil e concertada no terreno, e como é que o papel das novas tecnologias, pode apoiar o desenvolvimento de cenários de tomada de decisão. O artigo examina como é que as novas tecnologias, nomeadamente os “drones” e Inteligência Artificial, poderão ser instrumentos importantes no apoio aos decisores, e argumenta que a resiliência do sistema e a articulação entre equipas de decisores e especialistas poderá produzir um impacto positivo sobre a tomada de decisão. Nos últimos anos, o número de ciberataques tem vindo a aumentar. Tais ciberataques são frequentemente tornados possíveis pela existência de vulnerabilidades no software. O artigo identifica quais as melhores políticas para assegurar que as vulnerabilidades são detetadas, divulgadas aos fabricantes de software e corrigidas. Neste contexto,os programas de bug bounty aparentam estar a emergir como uma estratégia viável para a correção de vulnerabilidades. Estes programas permitem aproveitar as competências de um grande número de investigadores para testar a segurança de um sistema. A nível governamental, os Estados Unidos, Singapura e Suíça melhoraram significativamente a sua cibersegurança recorrendo a esta abordagem. Considerando o sucesso destes programas, o propósito do presente artigo é avaliar de que forma Portugal poderia beneficiar de um programa de bug bounty governamental. A Turquia está situada na zona de transição entre a island of peace (ilha de paz) europeia e o conturbado Médio Oriente, dilacerado por diversos conflitos. A sua localização no cruzamento do sudeste europeu com o Médio Oriente tem-lhe dado uma continuada importância geopolítica, quer para os norte-americanos, quer para os europeus. A posição pública entre vários Estados aliados, bem como a literatura especializada refletem que estas transformações têm levantado dúvidas sobre o seu comprometimento com a segurança euro-atlântica. O artigo tem por objetivo, em primeiro lugar analisar nos seus traços fundamentais a política externa da Turquia desde o período em que Erdoğan chegou ao poder. Em segundo avaliar em que medida a transformação da Turquia está a afetar o atual sistema de segurança euro-atlântico. No vigésimo aniversário da agenda Mulheres, Paz e Segurança (Resolução 1325 (2000) do Conselho de Segurança das Nações Unidas), apesar do progresso registado, ainda persistem barreiras à sua total implementação. Portugal não sendo exceção, é recomendável, e oportuno, que reforce o desempenho para a participação integradora das mulheres na paz e segurança internacionais, especialmente no espetro de ação das forças de segurança. O artigo, com base no conceito de política pública, recorre a um inquérito por questionário aplicado a um universo de 288 cadetes das duas forças de segurança (GNR e PSP). O artigo sugere que o resultado deste inquérito pode reforçar a noção da necessidade de implementação da agenda neste setor, fornecer recomendações para a próxima década sobre a vantagem integradora das mulheres no domínio da paz e da segurança e contribuir para o desenvolvimento de sociedades mais pacíficas, justas e inclusivas. O impacto da pandemia da Covid-19 foi visto por alguns, já inclinados a subscrever esta ideia, como a confirmação do inevitável colapso das potências do Atlântico Norte e da ascensão irresistível das potências do Indo-Pacífico. Será realmente assim? E se sim, quais as implicações para Portugal e o Brasil? Este artigo tem como objetivo avaliar até que ponto as mudanças na política, na economia, e na segurança global das últimas décadas afetaram a centralidade das potências do Atlântico, em particular do Atlântico Norte, num sistema político global e globalizado em cuja construção estas últimas tiveram um papel fundamental nos últimos séculos. O artigo defende que o que temos, para já, é um suave declínio relativo do peso global do Atlântico Norte face à ascensão da China e outras potências asiáticas. Porém, também reconhece que o Ocidente, e sobretudo a União Europeia e a OTAN, têm algumas vulnerabilidades e podem entrar em colapso. Apontamos para algumas das consequências prováveis destes dados para os interesses e as prioridades de Portugal e do Brasil, assim como para as respetivas relações bilaterais, sublinhando que não há ganhos nem perdas automáticas ou garantidas na política internacional. info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Databáze: OpenAIRE