Permissão para atacar : como melhorar a cibersegurança de Portugal através de um programa de Bug Bounty governamental
Autor: | Elias, Luís, Lapão, Luís Velez, Florêncio, Rui, Fernandes, José Pedro Teixeira, Rodrigues, Domingos, Bessa, Fernando, Malheiro, Luís, Reis, Bruno Cardoso |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2020 |
Předmět: |
Gestão de crises
Forças de segurança China Sociedade civil Segurança europeia Cibersegurança Turquia Resiliência União Europeia (a partir de 1993) ONU. Conselho de Segurança Vulnerabilidades Pandemias Atlântico Norte Novas tecnologias Portugal Brasil Mulheres paz e segurança Inteligência artificial Estado Geopolítica Indo-Pacífico NATO (EUA 1949) Resoluções Segurança nacional Covid-19 Tomada de decisão |
Popis: | Face à situação de emergência global provocada pela disseminação do vírus COVID-19, declarada pela Organização Mundial de Saúde, é patente que as organizações internacionais, os Estados, as instituições públicas e privadas e os cidadãos foram surpreendidos pelos seus efeitos nas diferentes sociedades. Os anos de 2020 e 2021 têm sido caraterizados pela adoção de sucessivas medidas em termos globais e nacionais, visando mitigar os efeitos da pandemia, as quais, têm provocado efeitos profundos em termos socioeconómicos e políticos. Refletimos sobre o enquadramento político-institucional da gestão de crises em Portugal e sobre o edifício jurídico que resultou de um processo evolutivo, o qual, criou algumas áreas de complementaridade, mas muitas também de sobreposição e de atomização. Nesse sentido, refletimos sobre a necessidade de consolidar uma abordagem transversal, transdisciplinar, multi-institucional e coordenada entre o MNE, MDN, MAI, MJ, Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério das Finanças. A gestão de crises cada vez mais complexas e marcadas pela incerteza implica abordagens holísticas que confiram maior resiliência e preparação às sociedades, assim como aproveitem o conhecimento e experiência acumulados em termos institucionais e pessoais. Aspetos igualmente fundamentais são a necessidade de criação de mecanismos de direção estratégica e de comando e controlo mais coerentes que ultrapassem entropias, prestando assim um melhor serviço à comunidade e aos cidadãos. Com o aumento da complexidade das sociedades humanas, o impacto resultante de situações de crise pode ser muito significativo, sobretudo tendo em conta a história de situações passadas. Como se viu com a Pandemia do COVID-19, muitas destas situações transformaram-se em situações de risco à segurança nacional. O planeamento, a comunicação e a preparação são cruciais, bem como o uso adequado das tecnologias de informação e apoio à decisão. Perante o risco de ameaças, sobretudo aquelas às quais Portugal é vulnerável, é necessária uma maior articulação entre as autoridades nacionais e as comunidades de especialistas. Neste artigo explorar-se-á como se podem criar lideranças capacitadas para a ação ágil e concertada no terreno, e como é que o papel das novas tecnologias, pode apoiar o desenvolvimento de cenários de tomada de decisão. O artigo examina como é que as novas tecnologias, nomeadamente os “drones” e Inteligência Artificial, poderão ser instrumentos importantes no apoio aos decisores, e argumenta que a resiliência do sistema e a articulação entre equipas de decisores e especialistas poderá produzir um impacto positivo sobre a tomada de decisão. Nos últimos anos, o número de ciberataques tem vindo a aumentar. Tais ciberataques são frequentemente tornados possíveis pela existência de vulnerabilidades no software. O artigo identifica quais as melhores políticas para assegurar que as vulnerabilidades são detetadas, divulgadas aos fabricantes de software e corrigidas. Neste contexto,os programas de bug bounty aparentam estar a emergir como uma estratégia viável para a correção de vulnerabilidades. Estes programas permitem aproveitar as competências de um grande número de investigadores para testar a segurança de um sistema. A nível governamental, os Estados Unidos, Singapura e Suíça melhoraram significativamente a sua cibersegurança recorrendo a esta abordagem. Considerando o sucesso destes programas, o propósito do presente artigo é avaliar de que forma Portugal poderia beneficiar de um programa de bug bounty governamental. A Turquia está situada na zona de transição entre a island of peace (ilha de paz) europeia e o conturbado Médio Oriente, dilacerado por diversos conflitos. A sua localização no cruzamento do sudeste europeu com o Médio Oriente tem-lhe dado uma continuada importância geopolítica, quer para os norte-americanos, quer para os europeus. A posição pública entre vários Estados aliados, bem como a literatura especializada refletem que estas transformações têm levantado dúvidas sobre o seu comprometimento com a segurança euro-atlântica. O artigo tem por objetivo, em primeiro lugar analisar nos seus traços fundamentais a política externa da Turquia desde o período em que Erdoğan chegou ao poder. Em segundo avaliar em que medida a transformação da Turquia está a afetar o atual sistema de segurança euro-atlântico. No vigésimo aniversário da agenda Mulheres, Paz e Segurança (Resolução 1325 (2000) do Conselho de Segurança das Nações Unidas), apesar do progresso registado, ainda persistem barreiras à sua total implementação. Portugal não sendo exceção, é recomendável, e oportuno, que reforce o desempenho para a participação integradora das mulheres na paz e segurança internacionais, especialmente no espetro de ação das forças de segurança. O artigo, com base no conceito de política pública, recorre a um inquérito por questionário aplicado a um universo de 288 cadetes das duas forças de segurança (GNR e PSP). O artigo sugere que o resultado deste inquérito pode reforçar a noção da necessidade de implementação da agenda neste setor, fornecer recomendações para a próxima década sobre a vantagem integradora das mulheres no domínio da paz e da segurança e contribuir para o desenvolvimento de sociedades mais pacíficas, justas e inclusivas. O impacto da pandemia da Covid-19 foi visto por alguns, já inclinados a subscrever esta ideia, como a confirmação do inevitável colapso das potências do Atlântico Norte e da ascensão irresistível das potências do Indo-Pacífico. Será realmente assim? E se sim, quais as implicações para Portugal e o Brasil? Este artigo tem como objetivo avaliar até que ponto as mudanças na política, na economia, e na segurança global das últimas décadas afetaram a centralidade das potências do Atlântico, em particular do Atlântico Norte, num sistema político global e globalizado em cuja construção estas últimas tiveram um papel fundamental nos últimos séculos. O artigo defende que o que temos, para já, é um suave declínio relativo do peso global do Atlântico Norte face à ascensão da China e outras potências asiáticas. Porém, também reconhece que o Ocidente, e sobretudo a União Europeia e a OTAN, têm algumas vulnerabilidades e podem entrar em colapso. Apontamos para algumas das consequências prováveis destes dados para os interesses e as prioridades de Portugal e do Brasil, assim como para as respetivas relações bilaterais, sublinhando que não há ganhos nem perdas automáticas ou garantidas na política internacional. info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |