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This paper analyzes the installation and operation process of merchant pig iron producers in Eastern Brazilian Amazonia over the past two decades. Even though fewer in number and established at a slower pace than forecast by state planners, twelve producers have been set up within the Carajas Railroad Corridor. These companies exclusively produce merchant pig iron as a commodity, requiring high amounts of charcoal-supplied energy. This paper shows how industries that, until the 1990s, were concentrated in southeastern Brazil, relocated to Amazonia. It also shows that demand for charcoal has been consolidated as the main linkage between the steel mills and socioeconomics in the Region of Carajas. Charcoal production has resulted in many social and environmental impacts in the Amazon Region. The materialization of these impacts are: increased pressure on the Amazon Rainforest, environmentally unsound practices, and charcoal production conducted under precarious, unhealthy and poorly-paid working conditions. An example of a possible alternative scenario to this situation is continued pig iron production as it is done currently, with the incorporation of small-scale electric furnaces for steel production. The possibility of installing small melt shops in the region, however, in and of itself, will not resolve the principle socioeconomic problem involved in iron ore processing in the region, linked to the deleterious effects of charcoal production, and may even aggravate it further. O artigo analisa o processo de instalação, na Amazônia Oriental brasileira, de diversos produtores independentes de ferro-gusa, nas últimas duas décadas. Mesmo em número e velocidade menores do que indicava o planejamento estatal, foram implantadas no Corredor da Estrada de Ferro Carajás doze siderúrgicas. São empresas dedicadas somente à produção desta commoditie cuja produção requer elevada quantidade de energia suprida por carvão vegetal. Neste artigo, mostramos que houve deslocamento para a Amazônia de indústrias que até os anos 90 estavam concentradas exclusivamente no Sudeste brasileiro e que a demanda de carvão vegetal consolidou-se como principal elo de articulação da siderurgia com a socioeconomia da região de Carajás. A produção de carvão vegetal tem acarretado muitos impactos sociais e ambientais na região Amazônica. Impactos que se materializam pela ampliação da pressão exercida sobre a floresta amazônica, por práticas ambientalmente imprudentes e pela produção do carvão vegetal sustentada por trabalho precário, mal remunerado e insalubre. Exemplo de um cenário diante do qual se desenha como alternativa é a manutenção da fabricação de ferro gusa nos moldes atuais e a incorporação de pequenos fornos elétricos a arco para a produção de aço. Contudo, a possível instalação de mini-aciarias na região, por si só, não resolve o principal problema socioambiental que envolve o beneficiamento do minério de ferro na região, vinculado aos efeitos deletérios da produção carvoeira, podendo inclusive agravá-los. |