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Uma escola que pretenda dar resposta aos desafios que lhe são colocados necessita de se assumir como uma escola inclusiva e de equidade, promovendo o sucesso escolar de todos os seus alunos. (Cohen & Fradique, 2018). Com a autonomia de que atualmente usufruem a nível curricular e pedagógico (Cosme, 2018), escola e professores são decisores na definição e concretização de práticas que favoreçam a diferenciação pedagógica, medida universal de suporte à aprendizagem e à inclusão. O presente contributo, focado em conceções e práticas de diferenciação pedagógica em Matemática, decorre de um estudo desenvolvido no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada de um mestrado de habilitação para a docência no 1º Ciclo do Ensino Básico ministrado por uma instituição de ensino superior do Porto. Com a sua realização, pretendeu-se identificar formas, potencialidades e constrangimentos decorrentes da sua aplicação, bem como caracterizar estratégias de diferenciação pedagógica que são utilizadas em sala de aula e seus principais destinatários. Com uma natureza essencialmente qualitativa (Flick, 2015) e com a colaboração de docentes, futuras docentes e alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, este estudo incluiu a sua auscultação por aplicação de inquéritos por questionário, a professores e futuros professores, e constituição de grupos focais, com alunos de 1º CEB, desejando-se com esta opção aportar visões complementares sobre a temática em foco. Como principais conclusões refiram-se uma razoável concordância nos resultados obtidos dos diferentes grupos de participantes, essencialmente ao nível 612 concetual e de práticas implementadas, e a deteção de necessidade de uma maior capacitação destes profissionais de educação que lhes permita uma ação pedagógica verdadeiramente ajustada a cada aluno para a promoção das aprendizagens de todos. |