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Defendendo a aprendizagem como um direito de todos, o professor é, ainda, inegavelmente um dos seus principais garantes, na perspetiva tão contemporânea de Paulo Freire, para quem “Ensinar não é criar conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção” (2004, p.22). Gerir o currículo atendendo à individualidade de cada aluno, mais do que uma opção, deverá resultar de uma atitude e de uma prática profissional comprometida com o desenvolvimento de todos os alunos e de cada aluno: entendemos a diferenciação pedagógica, medida universal de apoio à aprendizagem e à inclusão, como uma das estratégias pedagógicas mais alinhadas com esse compromisso. O presente relatório de estágio, concebido no âmbito do Mestrado em Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e de Ciências Naturais no 2.º Ciclo do Ensino Básico, deriva de um percurso investigativo que estabeleceu como principais objetivos aceder a conceções sobre diferenciação pedagógica, identificar práticas de diferenciação pedagógica adotadas nas salas de aula na atualidade e determinar tanto motivos que justificam a sua adoção como fatores considerados condicionantes da sua implementação. Os resultados obtidos, decorrentes de uma abordagem mista baseada na auscultação de docentes em exercício profissional ativo e futuras docentes, permitiram constatar bastante convergência nas conceções e práticas desses participantes, no que diz respeito ao conceito de Diferenciação Pedagógica, sobre as razões que justificam a sua mobilização, quanto às estratégias que implementam aquando da sua adoção e sobre os constrangimentos com que se deparam em processos de ensino diferenciadores. Palavras-chave: Diferenciação Pedagógica; Práticas docentes; Prática de Ensino Supervisionada; 1.º CEB; 2.º CEB. |
