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A prática de exercício físico tem um papel relevante na saúde de todos indivíduos, incluindo os indivíduos com deficiência. A sociedade deve conceber conjunturas que estimulem a transformação da mentalidade das pessoas que dela fazem parte, contribuindo para fomentar a inclusão dos segmentos em vulnerabilidade social (Borba & Lima, 2011). O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a evolução da aptidão física, nomeadamente peso, índice de massa corporal (IMC), percentagem de massa gorda (%MG) e volume de oxigénio máximo estimado (VO2max), em indivíduos com deficiência motora, intelectual, visual e auditiva institucionalizados, após um período de três anos de prática de exercício físico, numa abordagem integrativa, aplicando instrumentos utilizados na população em geral. Foi aplicado o protocolo de Bruce modificado e avaliada a composição corporal com bioimpedância numa amostra de 43 praticantes (33,33±11,59 anos; 53,5% mulheres e 46,5% homens). Quando comparados os resultados dos momentos de avaliação inicial e final o peso apresentou uma média inicial de 71,07±15,66 kg e uma média final de 69,78±15,07 kg, o IMC foi inicialmente de 28,62±6,76 kg/m2 e no final de 27,96±5,27 kg/m2. O VO2max apresentou uma média inicial de 27,47±5,24 ml/kg/min e uma média final de 28,67±6,28 ml/kg/min. Apenas foram encontradas diferenças ao nível da %MG entre os dois momentos de avaliação, com uma média inicial de 29,40±9,88 %MG e uma média final de 31,74±11,67 %MG (t=-2,12; p=0,040; n2=-0,32). Refere-se ainda que no presente trabalho não se controlou a amostra para a dieta nem para a medicação, o que constitui uma limitação do mesmo. Considerando uma abordagem integrativa e inclusiva, torna-se relevante desafiar os profissionais e investigadores a avaliar o impacto do exercício físico e da atividade física em indicadores de aptidão física de indivíduos com deficiência, recorrendo a métodos existentes ou desenvolvendo novas metodologias aplicáveis. info:eu-repo/semantics/publishedVersion |