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Este estudo nasce da necessidade em perceber de que forma a experiência imersiva, através da Realidade Virtual, poderá ajudar a minimizar a sintomatologia depressiva e ansiosa. As áreas fundamentais do projeto são o Design, a Saúde e Bem-Estar e a Tecnologia. Tal como outras inúmeras doenças psiquiátricas, a depressão ainda não tem a sua fisiopatologia totalmente conhecida e não existe nenhum exame de diagnóstico específico. Contudo, sabe-se que esta doença resulta de um conjunto de fatores associados ao estilo de vida, tendo uma causa multifatorial (Marie and Allan 2017). Outra carência surge no atual contexto pós-pandêmico da COVID-19. Devido ao confinamento e às suas consequências, calcula-se que a percentagem de pessoas com perturbações mentais venha a ser ainda maior num futuro próximo (Hossain et al. 2020). A aplicação da Realidade Virtual tem sido estudada ultimamente, para ajudar neurocientistas, psicólogos, biólogos e outros investigadores. É amplamente utilizada em investigações sobre novas formas de aplicar o tratamento psicológico ou de treino (Cipresso et al. 2018), como também têm sido publicados vários projetos científicos a abordarem este tema. Este projeto está envolvido também com a perspetiva de inovação de Eric Von Hippel, onde o paciente por si só inova ao criar soluções para os seus problemas de saúde, sejam eles quais forem. Com estas realidades, o objetivo principal deste estudo é fornecer algumas respostas através da aplicação do Processo do Design Centrado no Utilizador, sobre a possibilidade de se criar uma experiência imersiva com Realidade Aumentada na sintomatologia depressiva e ansiosa. Através de um conjunto de métodos tais como o Benchmarking, as Personas, Jornada do Utilizador, entre outros, este cenário irá ser caracterizado. A partir destes métodos foram obtidos resultados que valem a pena destacar e a nivel do ambito clinico, como: É importante conseguir-se um diagnóstico mais assertivo, e que consiga ir ao encontro de mais pessoas. Neste sentido seria importante consolidar mais acordos com: o serviço nacional de saúde. Seria interessante se algumas clínicas privadas de psicologia e psiquiatria, bem como criar possibilidades de realizar terapia a partir de casa. Ter acesso a um melhor acompanhamento clínico e conseguir apoio ou patrocínio de empresas relacionadas com a Realidade Virtual. Acreditamos que a segunda questão de investigação poderá vir a ser totalmente respondida numa próxima fase, com a ajuda do método do Focus Group. Com os resultados do Benchmarking, não existem, do nosso conhecimento, aplicações para assistência de pessoas com sintomatologia depressiva e ansiosa que possa ser uma mais-valia para o médico e para o paciente, em Portugal. Todo este processo ajudará a responder melhor ao que poderá ser benéfico para as pessoas com sintomatologia depressiva e ansiosa, como a utilização de experiencias imersivas através de uma aplicação movel. |