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Nos últimos anos, o setor do turismo apresenta uma tendência de crescimento que deriva da globalização e dos avanços da tecnologia a nível de transportes e comunicação. Embora este crescimento seja benéfico para o desenvolvimento dos destinos, a nível económico e social, a verdade é que, na eventualidade, da sua gestão não ser feita de forma integrada e sustentada, os mesmos podem sofrer alguns impactes. Neste sentido, o crescimento exponencial do turismo tornou-se tema de debate na medida em que são avaliados os prós e contras, nomeadamente nas grandes cidades, como é o caso de Lisboa. Esta discussão centra-se sobretudo, no aparecimento em “massa” das plataformas digitais e dos desafios impostos ao setor do turismo. Embora, o turismo assuma um papel fundamental para o desenvolvimento económico dos centros históricos que se encontravam em estado de degradação, as grandes cidades vivem um momento de forte contestação por parte dos residentes dos bairros históricos devido à transformação urbana em prol do bem-estar dos turistas, acusando as autarquias de serem os principais responsáveis pela perda da vivência das cidades. Por fim, o Mundo encontra-se a enfrentar um dos momentos mais marcantes da História da Humanidade, a pandemia derivada pelo COVID-19 que, obrigou a uma paragem mundial em todos os setores, sem exceção. Desta forma, o turismo é um dos setores mais afetados devido às medidas de confinamento e restrição na mobilidade dos cidadãos. Este estudo tem como principal foco compreender os impactes sociais, económicos e culturais do crescimento do alojamento local e à posteriori, da pandemia para o setor do turismo através da análise da perspetiva dos stakeholders, por intermédio de um guião de entrevista semiestruturada. A análise dos resultados obtidos sugere que a posição dos entrevistados difere consoante o cargo ocupado na comunidade. |
