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É bastante comum associar avarias no motor a problemas no combustível. No sentido de avaliar se o combustível pode ter alguma influência na degradação de motores pela contaminação do lubrificante, foi efetuado um estudo, tendo como base um conjunto de viaturas pesadas de duas empresas de transportes, no qual foram realizadas análises periódicas ao óleo lubrificante do motor. Neste trabalho foram definidas metodologias e intervalos de recolha de amostras de óleo, assim como técnicas de análise, que podem, não só antever avarias mecânicas, como serem utilizadas para ajustar os intervalos de mudança de óleo ao estado dos óleos e dos motores, assim como ao tipo de utilização dos veículos. Estas técnicas podem refletir-se em redução de custos e/ou aumento de fiabilidade de veículos em frotas. As recolhas foram realizadas maioritariamente em dois momentos, a metade e no final da vida útil do lubrificante (cerca de 60000 km), permitindo acompanhar a evolução de indicadores de estado, contaminação e desgaste do lubrificante, ao longo do ciclo de vida do lubrificante. A análise daqueles indicadores permitiu aferir eventuais indícios de avarias mecânicas nos motores dos veículos das frotas em estudo. Permitiu também identificar veículos em que as mudanças de óleo, sendo realizadas de acordo com o preconizado pelo fabricante, ocorreram demasiado cedo e demasiado tarde, face ao estado do lubrificante. Foram igualmente identificadas situações de degradação do óleo com origem no tipo de utilização do veículo. Não foram, no entanto, encontradas evidências de degradação dos motores associadas ao combustível. |
