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O Mieloma Múltiplo caracteriza-se por uma neoplasia hematológica associada à proliferação clonal de plasmócitos malignos na medula óssea e como consequência, a imunoglobulina (proteína M), é produzida em excesso, provocando vários problemas no organismo, responsáveis pelos sinais e sintomas da doença. As primeiras descrições sobre o Mieloma Múltiplo surgiram no século XIX. Em 1844, Samuel Solly fez a primeira descrição detalhada de um doente com esta patologia. Mais tarde, Bence Jones descreveu o aparecimento de uma proteína na urina destes doentes. Após um século, Edelman e Gally, mostraram que a proteína presente na urina era a mesma que estava no sangue. Assim, ao longo dos anos foram feitos vários estudos e começou-se a estruturar um conjunto de informações que iria levar a uma mais rápida identificação desta doença. Nos últimos anos surgiram diversas terapêuticas que permitem controlar este tipo de cancro e que melhoram significativamente a qualidade de vida dos doentes. Esta evolução no tratamento, permitiu um aumento significativo da esperança média de vida, passando de 2 anos para 10 anos, com uma boa qualidade de vida. Relativamente ao tratamento farmacológico, a sua evolução é longa e inicialmente lenta. Só a partir do ano 2000 é que houve um maior destaque e estudo sobre o tratamento do Mieloma Múltiplo, surgindo novos agentes, com mecanismos de ação distintos: os imunomoduladores (talidomida e lenalidomida) e o inibidor do proteassoma (bortezomib), entre muitos outros novos fármacos. Portanto, os estudos farmacogenómicos são fundamentais para a escolha de uma terapêutica mais eficaz, uma vez que estuda a variabilidade genética individual, e a sua influência na resposta ao fármaco. Isto permite adaptar a terapêutica medicamentosa e sua dosagem à diversidade genética dos pacientes, isto é, permite a implementação de uma terapêutica personalizada. Neste trabalho, através de uma revisão bibliográfica foram analisados os diversos polimorfismos identificados nos doentes de MM, que estão associados à resposta individual à terapêutica desta patologia. Multiple Myeloma is a hematological neoplasm associated with the clonal proliferation of malignant plasma cells in the bone marrow and as a consequence, immunoglobulin (protein M) is produced in excess, causing various problems in the body, responsible for the signs and symptoms of the disease. The first descriptions about Multiple Myeloma appeared in the 19th century. In 1844, Samuel Solly gave the first detailed description of a patient with this pathology. Later, Bence Jones described the appearance of a protein in the urine of these patients. After a century, Edelman and Gally, showed that the protein in the urine was the same as the one present in the blood. Thus, over the years, several studies were carried out and a set of information started to be structured that would lead to a faster identification of this disease. In recent years, several therapies have emerged to control this type of cancer and significantly improve patients' quality of life. This evolution in treatment has allowed a significant increase in average life expectancy, from 2 years to 10 years, with a good quality of life. Regarding the pharmacological treatment, its evolution is long and initially slow. Only from the year 2000 that there was a greater emphasis and study on the treatment of Multiple Myeloma, with the emergence of new agents, with different mechanisms of action: the immunomodulators (thalidomide and lenalidomide) and the proteasome inhibitor (bortezomib), among many other new drugs. Thus, pharmacogenomic studies are fundamental for choosing a more effective therapy since it studies individual genetic variability and its influence on the response to the drug. This allows for adapting drug choice and dosage to the genetic diversity of patients, that is, it allows the implementation of personalized therapy. In this work, through a literature review, the various polymorphisms that were identified in MM patients were analyzed, which are associated with individual response to treatment of this pathology. |