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Understanding the patterns and processes of genetic diversity and differentiation is fundamental for assessing population connectivity to inform the conservation of coastal ecosystems. The tropical West African Atlantic Coast is a good model to address these issues. The influence of oceanographic currents diverging in hotspot ecoregions mediating propagule dispersal along this coastline raises interesting predictions to be tested. In the Gulf of Arguin (Mauritania) nearshore and offshore seagrass populations can be predicted to be highly connected by strong currents driven by tides in this very shallow system. In contrast, in the Bijagós archipelago (Guinea-Bissau), populations in the northern and southern islands could hypothetically be genetically differentiated as predicted based on passive transport by ocean currents. However, they also have a strong relationship of connectivity by migratory species, namely green turtles that travel between feeding and breeding grounds. This study aims to assess these predictions and also to understand seagrass population genetic diversity and genotypic (clonal) diversity, as well as connectivity, along the Western African coast. We used as model the species Halodule wrightii, a seagrass with clonal reproduction via rhizome elongation and sexual reproduction via non-buoyant seeds, both traits that do not promote long distance dispersal. We assessed genetic diversity, clonality, and population differentiation with 8 microsatellite markers, using samples from the entire species range along this coastline, from Mauritania to Angola over a distance of ~1,600 km. Generally, populations were genetically homogeneous with low differentiation, while genotypic richness varied among all populations. The results support the hypothesis of high connectivity between populations in the Banc d’Arguin but do not support the isolation hypothesis between the northern and southern regions of the Bijagós. The results also suggest that the Canary Current and Guinea Current do not affect seed dispersal and connectivity through abiotic mechanisms. A compreensão dos processos centrais da diversidade e da diferenciação genética são fundamentais para avaliar a conectividade das populações de pradarias marinhas e prever a conservação dos ecossistemas costeiros tropicais. Contudo, pouco se sabe sobre pradarias marinhas na costa atlântica da África Ocidental, onde grande diversidade ocorre. Para além, também pouco se tem estudado à respeito das influências das correntes de maré que se divergem em ‘hotspots’ em ecorregiões e mediam a dispersão de sementes ao longo desta linha costeira. O Golfo de Arguin (Mauritânia) exibe populações de pradarias marinhas perto da costa e ao largo, enquanto o arquipélago de Bijagós (Guiné-Bissau) exibe populações de ervas marinhas nas ilhas do Norte e do Sul, que apresentam forte relação com espécies migratórias que se sazonalmente viajam para se alimentam. Este estudo visa compreender a estrutura genética das populações de ervas marinhas e a sua conectividade para prever a dispersão e recrutamento de sementes através de mecanismos abióticos e bióticos ao longo da costa ocidental da África, desde a Mauritânia até Angola, ao longo de uma distância de ~1.600 km. Utilizámos o modelo com a espécie Halodule wrightii, uma erva marinha florida com reprodução sexual e clonal através do alongamento do rizoma e sementes não flutuantes. Avaliámos a diversidade genética, clonalidade e diferenciação genética da população com 8 marcadores de microsatelite. Testamos o Isolamento por Distância para traçar a distribuição geográfica espacial correlacionada com a diferenciação em pares para identificar fontes de fluxo gênico. Em geral, apesar de uma zona divergente na zona central (São Tomé e Príncipe) demonstrar diversidade genética, foi identificada uma baixa variabilidade genética, assumindo uma colonização independente, enquanto uma riqueza genotípica significativa variou ao longo de todas populações. Foi encontrada uma diferenciação genética significativa entre a Mauritânia e a Guiné-Bissau, em termos de população aos pares. Os resultados apoiam a hipótese de alta conectividade entre as populações do Banc d'Arguin mas não apoiam a hipótese de isolamento entre as regiões norte e sul dos Bijagós. Os resultados também sugerem que a Corrente Canária e a Corrente da Guiné não afectam a dispersão de sementes e a conectividade através de mecanismos abióticos. Embora o isolamento por distância ocorra, este estudo sugere que a Corrente Canária e a Corrente da Guiné não afectam a dispersão de sementes e a conectividade através de mecanismos abióticos. No entanto, é necessário avaliar, investigar e avaliar áreas maiores e um número mais significativo de amostras ao longo desta costa para uma análise mais detalhada. O estudo tem implicações na utilização da informação genética populacional na conservação, gestão e mitigação dos países em desenvolvimento dependentes da produção costeira. |