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Quando novos materiais aparecem no mercado, a falta de normalização e uma eventual maior dificuldade na altura da aplicação podem originar patologias. É o caso do microcimento, que é um material de base cimentícia com um tamanho de grão menor que o cimento comum. Em termos comerciais, a designação de microcimento aplica-se a um sistema de materiais multicamadas, em que as argamassas modificadas por polímeros fazem parte e que, no final da aplicação, constituem um único revestimento contínuo. Tem uma espessura total muito fina e está aumentando a cota de mercado, principalmente na execução de revestimentos de pisos, paredes e tetos interiores. O seu uso também ocorre em elementos exteriores, incluindo revestimentos de móveis urbanos e paredes de piscinas. Com base num caso de estudo sobre a aplicação de um revestimento de microcimento, descrevemos as principais anomalias construtivas observadas e identificamos as causas prováveis. Foi realizado um breve estudo dos produtos comercializados em Portugal, bem como uma revisão da bibliografia específica e normalização aplicável. Da análise realizada, verificou-se que grande parte deste material é comercializado em Portugal sem atender aos requisitos da legislação portuguesa e europeia. Além disso, as informações técnicas fornecidas pela maioria dos fabricantes e comerciantes eram insuficientes. A formação prática dos aplicadores também é considerada essencial. Onão cumprimento de determinados requisitos em alguns materiais de construção e seus aplicadores pode levar a uma maior ocorrência de patologias, que, além dos aspetos estéticos, afetarão a funcionalidade, a durabilidade das soluções e a sustentabilidade dos edifícios. info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
