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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é considerado um dos principais responsáveis pela mortalidade e elevada incapacidade da população mundial. Este ocorre quando um vaso sanguíneo rompe ou quando o fluxo de sangue é interrompido ou altamente reduzido, levando a que as células cerebrais não recebam o oxigénio ou os nutrientes necessários. Ao sofrer um AVC os sujeitos necessitam realizar tratamentos como fisioterapia e ter um maior cuidado com o seu estilo de vida e alimentação. As faltas de cuidado com estes aspetos podem levar a readmissões, seja pelo risco elevado de voltar a ter um AVC, seja pelas consequências do 1º AVC. De entre essas consequências podemos citar a possibilidade de quedas devido a redução do funcionamento físico do indivíduo ou a existência de hipertensão, ou outros fatores de risco. Assim, o aumento das readmissões pós AVC que se tem vindo a verificar leva, consequentemente, ao aumento em gastos com a saúde. Por esta razão torna-se crucial identificar os fatores responsáveis pelas readmissões, de modo a se apostar em intervenções de carater preventivo em vez de curativo. Os objetivos deste estudo são determinar os fatores de risco sociodemográficos, clínicos e processos de cuidados que contribuem para a readmissão após um AVC, bem como determinar os custos associados a essas readmissões. Para atingir os objetivos preconizados realizou-se uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), em que um total de 33 artigos foram explorados. Os resultados demonstram que existem vários determinantes das readmissões pós-AVC, sendo os mais comuns: problemas cardiovasculares à priori, idade, problemas respiratórios e urinários, duração do internamento e o nível de capacidade funcional do paciente. Quanto aos custos, verificou-se que existem poucos estudos que analisam esta questão, sendo que esses estudos apontam como principal razão para este aumento de custos o surgimento de doenças cerebrovasculares. Cerebrovascular Accident (CVA) is considered one of the main causes of mortality and high disability in the world population. This occurs when a blood vessel ruptures or when blood flow is interrupted or greatly reduced, causing brain cells to not receive the oxygen or nutrients they need. When suffering a stroke, subjects need to undergo treatments such as physiotherapy and take greater care with their lifestyle and diet. The lack of care with these aspects can lead to readmissions, either because of the high risk of having a stroke again, or because of the consequences of the 1st stroke. Among these consequences we can mention the possibility of falls due to reduced physical functioning of the individual or the existence of hypertension, or other risk factors. Thus, the increase in post-stroke readmissions that has been observed leads, consequently, to an increase in health expenditures. For this reason, it is crucial to identify the factors responsible for readmissions, in order to focus on preventive rather than curative interventions. The objectives of this study are to determine the sociodemographic, clinical risk factors, and care processes that contribute to readmission after a stroke, as well as to determine the costs associated with these readmissions. To achieve the recommended objectives, a Systematic Literature Review (SLR) was carried out, in which a total of 33 articles were explored. The results show that there are several determinants of post-stroke readmissions, the most common being: cardiovascular problems a priori, age, respiratory and urinary problems, length of stay and the patient's level of functional capacity. Regarding costs, it was found that there are few studies that analyze this issue, and these studies indicate the emergence of cerebrovascular diseases as the main reason for this increase in costs. |