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Mestrado Bolonha em Contabilidade, Fiscalidade e Finanças Empresariais A International Financial Reporting Standard (IFRS) 9 – Financial Instruments, que entrou em vigor a 1 janeiro de 2018, veio substituir a International Accounting Standard (IAS) 39 - Financial Instruments: Recognition and Measurement, trazendo consigo alterações na classificação e mensuração dos instrumentos de capital próprio adquiridos. Pela IFRS 9, estes ativos, por defeito, são classificados como ativos financeiros ao justo valor através de lucros ou prejuízos, exceto se, no reconhecimento inicial, a empresa opte irrevogavelmente por classificá-los como ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral. Quando exercida a opção irrevogável, as alterações do justo valor são reconhecidas no outro rendimento integral, sem possibilidade de reciclagem para lucros ou prejuízos. Assim, este estudo pretende apurar se determinantes como os incentivos do Chief Executive Officer (CEO), o custo da dívida e o nível 3 de justo valor influenciam o exercício dessa opção irrevogável. Para tal, foi feita uma análise a empresas do FTSE 100 e EURO STOXX 50 na data da transição da IAS 39 para a IFRS 9 e no final do ano fiscal da transição e nos dois anos seguintes. Os resultados sugerem que os incentivos do CEO não influenciam a escolha de classificação dos instrumentos de capital próprio adquiridos, que na data de transição instrumentos de capital próprio classificados como ativos financeiros disponíveis para venda sob a IAS 39 tendem a ser classificados como ativos financeiros ao justo valor através de outro rendimento integral pela IFRS 9 e que, nos anos após a transição, o nível 3 de justo valor desincentiva o exercício da opção irrevogável, possivelmente por ser visto como um meio para gerir os resultados através de variações de justo valor oportunistas. Estes resultados contribuem para o conhecimento sobre a transição da norma, tal como desejado pelo International Accounting Standards Board. The International Financial Reporting Standard (IFRS) 9 - Financial Instruments, which came into force on 1 January 2018, replaced the International Accounting Standard (IAS) 39 - Financial Instruments: Recognition and Measurement, bringing with it changes in the classification and measurement of equity instruments acquired. Under IFRS 9, these assets are classified as financial assets at fair value through profit or loss by default, unless the company irrevocably chooses on initial recognition to classify them as financial assets at fair value through other comprehensive income. When the irrevocable option is exercised, the changes in fair value are recognized in other comprehensive income, without the possibility of recycling these amounts into profit or loss. Therefore, this study intends to investigate whether determinants such as Chief Executive Officer (CEO) incentives, cost of debt and level 3 fair value influence the exercise of that irrevocable option. For that purpose, an analysis of companies in the FTSE 100 and EURO STOXX 50 on the date of transition from IAS 39 to IFRS 9 and at the end of the fiscal year of transition and in the two following years was made. The results suggest that CEO incentives do not influence the choice of classification of acquired equity instruments, that at the transition date equity instruments classified as available-for-sale financial assets under IAS 39 tend to be classified as financial assets at fair value through other comprehensive income by IFRS 9 and that in the years after transition, level 3 fair value discourages the exercise of the irrevocable option, possibly because it is seen as a tool to manage earnings through opportunistic fair value changes. These results contribute to the knowledge on the transition of the standard as desired by the International Accounting Standards Board. info:eu-repo/semantics/publishedVersion |