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A Reforma dos Cuidados de Saúde Primários na Administração Pública Portuguesa trouxe a reconfiguração dos centros de saúde, segundo princípios que permitissem a otimização e a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde. A principal ação da reforma foi a criação de Unidades de Saúde Familiar com modelo de funcionamento diferente do tradicional praticado pelas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados. Foram privilegiados princípios como a orientação para a comunidade; a flexibilidade organizativa e de gestão; a desburocratização; o trabalho em equipa; a autonomia e responsabilização; a melhoria contínua da qualidade; a contratualização e avaliação. A implementação de uma reforma provoca uma mudança organizacional que gera nos trabalhadores reações e sentimentos de resistência ou apoio à mudança. Com base em estudos sobre a motivação para o serviço público e sobre o medo individual da mudança, partiu-se para a investigação questionando se existiriam diferenças na forma como a motivação para o serviço público influencia o medo da mudança dos profissionais que integram os dois modelos de unidades de prestação de cuidados de saúde primários - as unidades de saúde constituídas pós-reforma (USF) e as unidades de saúde já existentes (UCSP). No presente estudo foi utilizada uma abordagem quantitativa de caráter hipotético-dedutivo. O instrumento de recolha de dados é constituído por 29 itens e integra o modelo de medida da motivação para o serviço público e uma escala que mede o medo individual de mudança. A população alvo deste estudo corresponde ao universo dos médicos, enfermeiros e assistentes técnicos (também designados secretários clínicos) das UCSP e das USF dos ACES: Douro I, Dão Lafões, Arrábida, Alentejo Central e Algarve I – Central. A amostra corresponde a 234 sujeitos. Os resultados permitiram aferir sobre a relação entre as variáveis em estudo, assim como comparar as médias obtidas para cada variável entre os dois grupos: USF e UCSP. The Reform of Primary Health Care in the Portuguese Public Administration brought a reconfiguration of health centers, according to principles that allow the optimization and sustainability of the National Health Service. The main action was the creation of Family Health Units with a different operating model from the Traditional Health Unit of the Personalized Health Care Reform Unit. It was principles like guidance for the privileged community; organizational and management flexibility; a de-bureaucratization; teamwork; autonomy and accountability; continuous quality improvement; contracting and evaluation. An implementation of a reform causes an organizational change that generates reactions and feelings of resistance or support for the change in the workers. Based on motivation for the public service and the individual fear of investigation, an investigation was started questioning the differences in the way of public service motivation influence the fear of change in professionals that integrate the two models of units of primary health care - as post-retirement health units and as existing health units. In the present study, a hypothetical-deductive approach was used. Two measurement models form the public data collection instrument: public service motivation and fear of change. The population of this study corresponds to the universe of doctors, nurses, and assistants (called clinical secretaries) of the health care units: ACES Douro I, ACES Dão Lafões, ACES Arrábida, ACES Alentejo Central, and ACES Algarve I Central. The sample corresponds to 234 subjects. The results illustrate the relationship between the variables under study, as well as compare the results for each variable between the two groups. N/A |