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Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, na área científica de Clínica Meningoencephalomyelitis of Unknown Origin (MUO) is a challenging condition to treat and many dogs eventually relapse, die or are euthanised. Hence, to describe and compare signalment, neurological presentation, magnetic resonance imaging (MRI) findings, cerebrospinal fluid (CSF) analysis and treatment protocol, a retrospective study was conducted including 52 client-owned dogs with a presumptive diagnosis of MUO presented at one institution from May 2017 to December 2021, grouped according to their outcome: recovered (group 0), relapsed (group 1) or deceased (group 2). 24 dogs survived MUO (46%), 13 relapsed (25%) and 15 died or were euthanised because of MUO (29%). The onset and presence of seizures and/or hyperesthesia were not predictive of the outcome. Most dogs treated with corticosteroids alone were euthanised or died (67%) [p < 0.001] and the relapsing dogs were more often treated with 3 or more drugs (62%) [p < 0.001]. The most prevalent MRI abnormalities locations were in the cerebral hemispheres (63%), thalamus (40%) and spinal cord (44%). Multifocal lesions, brain herniation, presence of meningeal and parenchymal contrast enhancement, and type and cell count of CSF pleocytosis were not associated with a higher risk of relapse or death. As soon as the diagnosis is achieved, it seems advantageous to start the treatment with a second immunossupressive agent (other than corticosteroids) and often the disease is only managed using a multi-drug therapy protocol, since the rate of relapse is high. Previously reported findings, as seizures, multifocal lesions, brain herniation, presence of meningeal and parenchymal contrast enhancement, and type and cell count of CSF pleocytosis aren’t associated with a higher risk of relapse and death RESUMO - Meningoencefalomielite de Origem Desconhecida Recidivante: Apresentação neurológica, Sinais clinicopatológicos, Características imagiológicas e Gestão terapêutica de cães com e sem recidiva . - A meningoencefalomielite de origem desconhecida (MUO) é uma condição difícil de tratar e muitos cães acabam por recidivar, morrer ou ser eutanasiados. Assim, para descrever e comparar sinais, apresentação neurológica, resultados de ressonância magnética (RM), análise do líquido cefalorraquidiano (LCR), e protocolo de tratamento, foi realizado um estudo retrospetivo que incluiu 52 cães com um diagnóstico presuntivo de MUO apresentados numa instituição entre Maio de 2017 e Dezembro de 2021, agrupados de acordo com o seu desfecho: recuperados (grupo 0), com recidiva (grupo 1) ou mortos (grupo 2). Vinte e quatro cães sobreviveram à MUO (46%), 13 recidivaram (25%) e 15 morreram ou foram eutanasiados em consequência da MUO (29%). O desenvolvimento dos sinais clínicos e a presença de convulsões e/ou hiperestesia não foram sugestivos do desfecho. A maioria dos cães tratados apenas com corticosteroides foram eutanasiados ou morreram (67%) [p < 0,001] e os cães que recidivaram foram mais frequentemente tratados com 3 ou mais fármacos (62%) [p < 0,001]. As localizações de lesões mais frequentes em RM são os hemisférios cerebrais (63%), tálamo (40%) e medula espinal (44%). Lesões multifocais, hérnia cerebral, presença de contraste meníngeo e parenquimatoso, e tipo e total de células no LCR não estavam associados a um maior risco de recidiva ou morte. Assim que o diagnóstico é alcançado, parece vantajoso iniciar o tratamento com um segundo agente imunossupressor (para além dos corticosteroides) e muitas vezes a doença só é gerida através de poliquimioterapia, uma vez que a taxa de recidiva é elevada. Sinais clínicos anteriormente reportados, como convulsões, lesões multifocais, hérnia cerebral, presença de contraste meníngeo e parenquimatoso, e tipo e total de células no LCR não estão associados a um maior risco de recidiva e morte. N/A |