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Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, área científica de Clínica A Doença Renal Crónica (DRC) caracteriza-se por uma perda progressiva e irreversível da função renal e trata-se da doença metabólica mais prevalente em gatos domésticos. O diagnóstico de DRC é realizado através dos sinais físicos, sinais laboratoriais e dos exames complementares de diagnóstico. A inapetência é dos sinais clínicos mais frequente, está principalmente associada à náusea e ao vómito e leva a uma perda de condição corporal nos animais. Por sua vez, uma condição corporal baixa representa um pior prognóstico e um menor tempo de sobrevivência. O tratamento de gatos com DRC tem como principais objetivos terapêuticos atrasar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vidas dos animais. O estudo realizado teve como principais objetivos a avaliação da influência da utilização de sondas de alimentação na evolução clínica dos animais, a perceção se o momento da colocação da sonda interfere com esta evolução clínica e a análise de possíveis indicadores de prognóstico para o desfeche clínico de gatos hospitalizados com DRC. Foi utilizada como amostragem gatos diagnosticados com DRC (n=63), que foram hospitalizados no HEV-FMV e que apresentavam um estímulo iatotrópico de inapetência (100%). Os resultados obtidos demonstraram que a utilização da sonda de alimentação não influenciou a evolução clínica, nomeadamente na alteração dos valores de creatinina (p=0,79) e na retoma da ingestão de alimento (p=0,55), nem a sobrevivência dos animais (p=0,92). Os resultados também não evidenciaram diferenças relativamente ao momento de colocação das sondas de alimentação relativamente à alteração dos valores de creatinina (p=1), à retoma da ingestão de alimento (p=0,88) e à sobrevivência dos animais (p=0,64). No entanto, observou-se que a duração do período de hospitalização foi superior em gatos que foram submetidos à colocação de sondas de alimentação (p |