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Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária, na área científica de Clínica As medidas restritivas implementadas devido à pandemia COVID-19 levaram a uma alteração no quotidiano das pessoas, o que pode ter tido, consequentemente, repercussões nos seus animais de companhia. Acredita-se, também, que este período veio exacerbar a problemática da obesidade que, tanto na medicina humana como na Medicina veterinária, já representava, até então, um problema crescente e à escala mundial. O presente estudo pretendeu avaliar o impacto da pandemia COVID-19 nos hábitos e condição corporal (CC) dos animais de companhia, na perspetiva dos seus detentores, e avaliar o papel que a relação detentor-animal desempenhou neste impacto. Para isso, foram distribuídos, de forma aleatória e presencialmente, questionários a detentores que acompanhavam os seus animais ao HEV-FMV. Foi analisado um total de 86 questionários, recolhidos entre 25 de novembro de 2021 e 1 de março de 2022. A análise incidiu sobre 58 cães e 28 gatos, todos com idades superiores a 18 meses. No que respeita ao impacto da pandemia nos animais, houve apenas 22 inquiridos (25,6%) que não percecionaram alterações em nenhuma variável do seu animal durante este período. No entanto, quando cada variável foi analisada individualmente, verificou-se que a maioria dos detentores não observou alterações nos seus animais durante a pandemia. Observou-se que 22,09% dos animais aumentou o seu peso corporal em contexto pandémico. A variação do peso dos animais durante a pandemia esteve associada a 5 variáveis: frequência das refeições dos animais, quantidade de comida que lhes foi oferecida diariamente, quantidade de biscoitos oferecidos, a condição corporal que o animal apresentou no momento da entrega do questionário e ainda, a preocupação que o detentor teve com a sua própria dieta durante a pandemia (p |