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A sífilis gestacional e congênita é um problema de saúde pública mundial, e a mulher está vulnerável às consequências deste agravo. Uma pactuação nacional constituiu-se estratégia importante para uma intervenção em saúde. Este estudo qualitativo pesquisou o perfil das gestoras de saúde vinculadas aos municípios prioritários para à sífilis, no período de 2018 a 2020, e sua percepção sobre a importância da temática da sífilis, e os desafios desta estratégia nacional durante a pandemia da COVID-19 por meio de inquérito. Orientada por cinco eixos de investigação, foi elaborada a análise descritiva das respostas de 16 gestoras de saúde oriundas de 11 Estados e 12 municípios prioritários da sífilis. Os resultados indicaram que a capacitação de profissionais de saúde em cuidado e vigilância da sífilis é pauta prioritária para as gestoras. Que a pandemia afetou a procura e o acesso aos serviços de saúde. A não utilização do preservativo antes e durante a gravidez e a não adesão do parceiro ao pré-natal são desafios sociais de exposição ao risco. Em contrapartida, a disponibilidade de teste rápido e penicilina na unidade básica de saúde, a formação de Comitês de Investigação e a capacitação em diagnóstico e tratamento são considerados como os maiores avanços. O monitoramento de casos de sífilis gestacional por sistemas de informação figurou como o maior desafio. As gestoras esperam maior sensibilização dos governantes às questões de vulnerabilidade social que envolvem a mulher exposta à sífilis gestacional e congênita. Gestational and congenital syphilis is a global public health problem, and women are vulnerable to the consequences of this condition. A national agreement was an important strategy to intervention. This study analyzed the profile of health managers in the period from 2018 to 2020, as well as their perception of the importance of syphilis issue, the conducting of the processes, the challenges of the COVID-19 agenda, and the challenges and advances of the national strategy through a survey. A qualitative case study was carried out with 16 female health managers from 11 states and 12 priority cities for syphilis, through a survey. Guided by five research axes, a descriptive analysis was carried out on the responses of 16 health managers from 11 states and 12 priority municipalities for syphilis. The results indicated that training health professionals in syphilis care and surveillance is a priority agenda for female managers. The pandemic context affected the demand for and access to health services. The non-use of condoms before and during pregnancy and the non-adherence of the prenatal care were social challenges of exposure to risk. On the other hand, the availability of RT and penicillin in the UBS, the formation of Investigation Committees, and the training in diagnosis and treatment are considered the greatest advances. Monitoring cases of gestational syphilis by information systems was the biggest challenge. Managers seek greater awareness of government officials on issues of social vulnerability involving women exposed to gestational and congenital syphilis. |