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La notion de médiation, aussi polysémique soit-elle, semble aujourd’hui porteuse d’espoir à un monde caractérisé par les conflits et par les mutations majeures qu’induisent les usages des technologies de l’information et communication. Cela est d’autant plus vrai dans le contexte méditerranéen qui connait voilà plus de deux ans de grands bouleversements dont l’aspect spectaculaire s’est plus exprimé dans son versant sud. Alors que dans la médiation culturelle, il ya d’abord la culture qui somme toute est évocatrice des particularités qui ne peuvent se dissoudre dans un humanisme articulé, rêvé et fantasmé par tant d’humanistes ! Ensuite, il ya les médias dont la transmission des cultures leur incombe de facto. Toutefois, nous constatons, et sans ambages, que la place de la culture dans les médias algériens constitue l’une des questions sur laquelle achoppent beaucoup de rédactions. Certains journalistes s’engagent dans des luttes à l’intérieur de leur rédaction afin d’arracher une place au fait culturel sans y parvenir dans beaucoup de cas. D’ailleurs, cette problématique a été relativement discernée par les chercheurs des sciences de l’information et de la communication dans d’autres contextes socioculturels. D’un autre côté, la dimension universelle, voire humanitaire, de la culture semble peu considérée par les responsables des médias. Le regard porté par les rédactions sur la culture étrangère semble se réduire au spectacle, qui n’est que l’effet fantasmagorique de la culture, transformée en produit marchand par les spécialistes de la «com». Comment alors rendre visible la culture de l’autre et l’introduire dans un contexte étranger, sans risquer les questions de domination culturelle? Comment lutter contre l’exclusion et introduire à la diversité culturelle qui caractérise le bassin méditerranéen? Quelle est la nature de la place occupée par la culture étrangère dans les pages culturelles de la presse écrite algériennes? Cet espace socio temporel est indéniablement celui de croisement de cultures et le rôle des médias dans la construction de passerelles culturelles n’est plus à démontrer. Il s’agit dès lors de questionner l’altérité à l’aune d’un espace qui rassemble autant qu’il sépare. Notre objectif consiste dans un premier temps à délimiter l’espace culturel dans la presse écrite pour cerner les représentations dont il est l’immanence. Ensuite, nous définirons les mécanismes qui concourent à l’introduction de la culture méditerranéenne dans toute sa diversité dans ces pages dédiées à la culture. Pour ce faire, l’analyse de contenu des pages culturelles et la connaissance des postures des journalistes culturels, à travers les entretiens, constituent la matrice de la compréhension de la problématique soulevée. Nous analyserons en outre deux titres de la presse écrite que sont ELwatan et Elkhabar, pour la période des premiers six mois de l’année 2013. Le choix des deux derniers titres s’explique par la disposition du premier d’un supplément culturel hebdomadaire, alors que le second quotidien sert d’élément de comparaison à cause de la tradition acquise par l’équipe de la rubrique culturelle qui trouve à sa tête un journaliste écrivain, traducteur. Notre analyse portera précisément sur la titraille laquelle va nous renseigner sur le type d’information et le contenu culturel transmis dans l’espace de la presse écrite algérienne. Car «La titraille (qui peut être considérée comme un genre en soi dans le mesure où elle fait l’objet de régularités textuelles sous le contrôle d’une instance d’énonciation) se trouve franchement dans la zone de ‘l’évènement rapportée’ même si parfois elle intègre de façon plus au moins explicite des éléments de commentaire » (Charaudeau, 2011: 198). Nous remarquerons en outre la prédominance de l’évènement rapporté, qui est expliqué par le recours presque systématique de la rédaction d’Elwatan aux dépêches des agences internationales. Notre réflexion se limitera donc au volet production de contenu informationnelle culturel, sans qu’elle ne traite la question de la réception de ce contenu, qui fera l’objet d’un autre travail afin de compléter l’étude. Pour ce faire, notre analyse qui se veut socio-sémiotique prendra en considération les conditions de production du discours médiatique à propos des productions culturelles étrangères. On cherchera à savoir quel est la nature de l’information culturelle étrangère publiée? Quel est le genre de contenu culturel le plus favorisé? Comment sont traitées les questions soulevées? A noção de mediação, tão polissêmica, parece hoje portadora de esperança a um mundo caracterizado por conflitos e por grandes mudanças que são provocadas pelo uso das tecnologias de informação e comunicação. Isto é especialmente verdade no contexto mediterrâneo que conhece há mais de dois anos grandes alterações, das quais o aspecto espetacular é expresso sobretudo em sua vertente sul. Enquanto na mediação cultural, em primeiro lugar há uma cultura que evoca as particularidades que não podem se dissolver em um humanismo articulado, sonhado e fantasiado por tantos humanistas! Após, há os meios de comunicação, que são incumbidos da transmissão das culturas. Entretanto, nós constatamos claramente que o lugar da cultura na mídia argerina constitui uma das questões sobre a qual muitos textos tropeçam. Alguns jornalistas se engajam em lutas no interior de suas redações, a fim de arrebatar um lugar no fato cultural, muitas vezes sem o conseguir. Além disso, este problema foi relativamente identificado por pesquisadores em ciência da informação e comunicação em outros contextos socioculturais. Por outro lado, a dimensão universal, mesmo humanitária, da cultura, parece ser pouco considerada pelos responsáveis pela mídia. A visão dos editores da cultura estrangeira parece se reduzir ao espetáculo, que é o efeito assustador da cultura, transformada em produto comercial pelos especialistas do “com”. Como então tornar visível a cultura do outro e a introduzir em um contexto estrangeiro, sem o risco de problemas de dominação cultural? Como lutar contra a exclusão e levar à diversidade cultural que caracteriza a bacia mediterrânea? Qual o lugar ocupado pela cultura estrangeira nas páginas culturais da imprensa escrita argelina? Esse espaço sociotemporal é, definitivamente, o de cruzamento de culturas e o papel da mídia na construção de passarelas culturais está bem claro. Trata-se, portanto, de questionar a alteridade em termos de um espaço que ao mesmo tempo une e separa. Nosso objetivo consiste, primeiramente, em delimitar o espaço cultural nos jornais para identificar as representações que lhe são imanentes. A seguir, definiremos os mecanismos que concorrem para a introdução da cultura mediterrânea em toda sua diversidade em todas as páginas dedicadas à cultura. Para isso, a análise de conteúdo das páginas culturais e o conhecimento das posturas dos jornalistas culturais, através de entrevistas, constituem a matriz da compreensão do problema levantado. Analisaremos dois jornais, o ELwatan et o Elkhabar, durante os primeiros seis meses do ao 2013. A escolha desses dois periódicos explica-se pela disposição do primeiro de um suplemento cultural semanal, enquanto que o segundo diário serve de elemento de comparação, devido à tradição adquirida pela sua equipe da rubrica cultural, que é encabeçada por um jornalista escritor e tradutor. Nossa análise incidirá especificamente sobre o título e os títulos secundários, o que irá informar-nos sobre o tipo de informação e conteúdo cultural transmitido no espaço da imprensa argelina. Isso porque “O jogo gráfico2 (que pode ser considerado um gênero em si mesmo na medida em que é objeto de regularidades textuais sob o controle de uma instância de enunciação) encontra-se normalmente na zona de ‘evento relatado’, mesmo se, às vezes, integre de forma mais ou menos explícita elementos de comentário” (Charaudeau, 2011, p. 198). Ressaltaremos também a predominância do evento relatado, que é explicado pelo recurso quase sistemático de escrever do Elwatan para despachos das agências internacionais. Nossa reflexão, portanto, se limitará à produção de conteúdo informacinal cultural, sem tratar da questão da recepção desse conteúdo, que será objeto de outro trabalho, a fim de completar o estudo. Para isso, nossa análise, que se diz sociosemiótica, levará em consideração as condições de produção do discurso midiático sobre as produções culturais estrangeiras. Procuraremos saber: Qual é a natureza da informação cultural estrangeira publicada? Qual é o gênero de conteúdo cultural mais favorecido? Como são tratadas as questões levantadas? |