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UID/EAT/00472/2013 SFRH/BD/86595/2012 In the second half of the 1960s, the international expansion of pop-rock was essential in shaping the development of new values related to an emergent youth culture. These values were reflected in the new repertoire, associated in terms of the media with the recently created world of ‘rock’. While the process of consolidation of this category implies a movement towards the kind of appreciation usually associated with the classical world, the distinction between rock and pop music depending on a supposed ‘profundity’ that allows the legitimation of the first as ‘form of art’, it is in the process of segmentation into new variants that this movement would be deepened. This segmentation, especially in England, enabled the establishment of a new category called progressive rock, with some musicians searching for inspiration among particular aspects of the Western classical tradition. In Portugal, the performance of new pop music was a regular practice among dance groups during the 1960s. However, it was only at the beginning of the 1970s that some Portuguese musicians began to show the first signs of identification with rock that aimed to be ‘symphonic’, apparent in the configuration of the new repertoire. This paper discusses the particular cases of groups and artists such as Petrus Castrus, Ephedra, Psico, José Cid, Perspectiva and Tantra, as examples of this particular trend, also exploring the relations between them and the music industry, as well as their importance in the establishment of the rock concert as a performance typology in Portugal. Na segunda metade da década de 1960, a expansão internacional do pop-rock foi fulcral na instituição de novos valores associados a uma emergente cultura juvenil. Estes valores foram espelhados na configuração de um novo conjunto de repertórios, sendo este mediaticamente caracterizado enquanto englobado num recém-constituído universo do «rock». Se o processo de consolidação desta categoria já pressupunha uma aproximação ao sistema valorativo usualmente associado ao universo da música erudita, sendo a distinção entre música «rock» e música «pop» assente numa suposta «profundidade» que permitiria a legitimação da primeira enquanto «forma de arte», é na senda da sua segmentação em novas variantes que esta aproximação seria aprofundada. Esta segmentação proporcionou, sobretudo em Inglaterra, a configuração de uma nova categoria denominada progressive rock, com alguns músicos a inspirarem-se em aspectos e valores conotados com o campo de tradição musical erudita ocidental. Em Portugal, a apresentação de nova música pop era prática regular de inúmeros conjuntos de baile durante a década de 1960. Contudo, é a partir do início da década de 1970 que começam a surgir os primeiros sinais de identificação, por parte de alguns músicos portugueses, com um rock que se pretende «sinfónico», materializada na configuração de novo repertório. Este artigo pretende abordar os casos de grupos e artistas como Petrus Castrus, Ephedra, Psico, José Cid, Perspectiva e Tantra enquanto exemplos desta tendência, explorando também as relações entre os próprios e a indústria fonográfica, assim como a sua importância na instituição do concerto rock enquanto tipologia de espectáculo no país. publishersversion published |