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UID/SOC/04647/2019 IF/01592/2015 A partir da década de 90 do século passado, o fenómeno do graffiti passou a fazer parte da paisagem das cidades portuguesas. O graffiti emergente neste período derivava de uma manifestação cultural com cerca de duas décadas de vida, tendo por origem as cidades de Filadelfia e Nova lorque. Nos últimos anos a tolerância social a estas manifestações de índole popular e informal foi aumentando, o que resultou, em paralelo, numa crescente legitimação e institucionalização destas praticas. Convivendo com o graffiti na cidade deparamo-nos, hoje, com um conjunto de outras expressões estéticas e artísticas que derivam deste fen6meno. No discurso comum e especializado encontramos recorrentes alusões a street art ou arte urbana. Neste artigo argumentamos que a arte urbana se tem vindo a constituir enquanto um mundo da arte (Becker, 2010) ou um campo de produção artística emergente (Bourdieu, 1996). A nossa reflexão parte de um projeto atualmente em curso na Área Metropolitana de Lisboa, em que se procurou entrevistar um conjunto variado de atores sociais associados a este campo. publishersversion published |